quinta-feira, 14 de junho de 2012

Um a$$unto delicado.


Ninguém gosta de falar, mas é algo necessário, principalmente quando se vive á dois...Acredito que este assunto  seja uma espécie de “espelho da alma”, pois pode observar: a forma como você se relaciona com o seu dinheiro  e o dinheiro da sua parceiro transparece ( e muito!) o jeito como você lida com as pessoas e encara seus relacionamentos.
Pelo menos eu penso assim. Inicialmente é preciso ponderar que não existe uma regra pré-estabelecida para todos os casais ou para todas as pessoas.  Esse aqui definitivamente, é um assunto que exige muito jogo de cintura e que, comprovando que nem só de amor se vive, pode sim senhor determinar a felicidade ou não de um casal. Como tudo num relacionamento, depende de muita maturidade de ambas as partes, sob pena de ser colocada em jogo a continuidade do relacionamento.
Acredito, antes de qualquer coisa, que um relacionamento bacana não se constrói, sob o manto da mesquinharia. Tem gente que ainda que não transpareça, registra de maneira terrível, num “livro-caixa mental”, tudo aquilo que despendeu com o outro. Uma espécie de “livro de entrada e saída”, guardado  à sete chaves dentro da cabeça que num momento oportuno é colocado às claras , da maneira mais natural possível...! Isso é esquisito, não é?
Afinal de contas se gasto com meu parceiro, se lhe proporciono mimos, se tenho o prazer de lhe presentear, encaro tudo isso como um direito meu, e não como um instrumento de barganha em troca de qualquer tipo de afeto. Pelo menos penso assim.
É óbvio que em torno desta questão o bom-senso deve imperar. O bom parceiro não é aquele que vai estimular os gastos exagerados do seu companheiro, nem tão pouco a realização de sonhos dispendiosos, pondo em risco as finanças do outro. Isso é egoísmo puro!
Dentro dessa questão outros pontos aparecem de maneira inevitável: Será que a intimidade entre um casal exige necessariamente o compartilhamento de informações de cunho financeiro? Falando de maneira bem clara, qual a sua opinião sobre casais que possuem contas conjuntas, bem como sobre a ingerência ou até mesmo o controle  das finanças do outro? É óbvio que não estou falando sobre casos extremos. Existem pessoas perdulárias que precisam de controle, sob pena de dilapidarem todo o patrimônio do casal.
Eu falo aqui das coisas comezinhas do dia-a-dia, de pessoas que acreditam que a fusão das contas é condição sine qua non para o sucesso do relacionamento. Friso que respeito profundamente os casais que optam em dividir sua vida, bem como suas contas-correntes, mas acredito sinceramente que a união das contas é o primeiro passo para a separação do casal, principalmente quando tal decisão  leva em consideração a opinião de somente uma das partes.
Eu falo isso por conta de um casal que conheci há alguns anos. Logo que resolveram assumir a relação e “juntar as escovas de dente”, decidiram “colocar na mesa” todas as contas da casa, a fim de dividirem as despesas. Nada mais justo. O problema é que ele achou algo natural mostrar seu contracheque para a companheira, exigindo assim que a mesma procedesse da mesma forma. Tomada de surpresa, ela, coitada, com muita vergonha, disse que não se sentia confortável em fazê-lo. Achava, com todo direito, diga-se de passagem, que o relacionamento ainda não estava maduro o suficiente para tanta ingerência na sua vida. Ele, instantaneamente e porque não, estranhamente interpretou o ato da sua companheira como uma atitude desconfiança.
Olha, pessoalmente eu creio que na medida em que confio no meu parceiro, eu não preciso controlar seus gastos, nem tão pouco fuçar o canhoto do talão de cheques a fim de dar conta de quanto ou como ele gasta o seu dinheiro. Não acho salutar abrir a fatura do cartão de crédito a fim de saber igualmente o destino dado ao dinheiro recebido pelo meu parceiro, desde que obviamente ele se faça presente na divisão das responsabilidades do casal.
Digo isso porque não admito ser controlada nesse sentido e porque tive esse exemplo dentro de casa, onde meus pais sempre viveram de maneira tranquila ignorando até hoje, o valor do salário de cada um. E eles estão casados há 45 anos! Rss. É por isso que não acho confortável ter que dar satisfação de todas as coisas que compro, mínimas que sejam, e que não vão prejudicar as finanças da casa.
Penso que todos temos os nossos sonhos de consumo e temos direito de realizá-los, até porque isso também faz parte da nossa individualidade, que deve ser  totalmente respeitada. Creio que os gastos conjuntos com a manutenção da casa, os filhos, as contas, os projetos, tais como viagens, aquisição de bens móveis ou imóveis, doações de bens do casal, devem sim ser alvos de trocas de ideias e decisões conjuntas, mas tudo tem limite.
Finalmente, não nos esqueçamos que para algumas pessoas, o controle financeiro do parceiro, ainda é a maneira mais prática de controlar a sua vida e torná-lo um refém de uma situação de dependência, mantendo-o cativo numa relação doentia.
Por isso rapazes, aí vai a dica de hoje: respeite os limites da sua mulher.  Só assim ela irá respeitar os seus. Preste atenção no grau das suas exigências, a fim de que as mesmas não invadam o espaço e a individualidade da sua companheira. Confie acima de tudo e também seja digno de confiança. Essa dica é valiosa. Serve para as finanças e outras coisinhas mais!

6 comentários:

lulu disse...

Fa, acho que qdo vc tem conta conjunta de verdade onde os dois se somam é bacana, agora qdo isso é uma imposição feita por um, dá um sensação bastante desagradável. Tive uma relação onde tinha que dizer até os centavos que ganhava, até chegar um ponto onde não aguentei mais... Enfim como tudo na vida, esse tipo de coisa tem de ser feita de forma natural e espontânea e se cada um tiver contas separadas e se respeitarem e pagarem suas contas meio a meio é o que é importa.

Renatha disse...

Eu não dou satisfação do que faço ou não do meu dinheiro para meu marido e para ninguém. Já contribuo de igual para igual para a manutenção da casa e dos nossos filhos então o resto é da minha conta e pronto. Sempre fui muito independente, então jamais aceitaria alguém controlando o que faço ou não com meu dinheiro.

Flávio disse...

E põe delicado nesse assunto. Como tudo na vida, deve prevalecer o bom senso. As despesas maiores do casal são compartilhadas conforme a renda de cada um, quem mais ganha, mais paga. O resto é gasto como cada parte bem entender :D Acho que é bem salutar!

Unknown disse...

São três pontos de vista diferentes, mas em cada um deles dá para perceber que não se tratam de meros achismos. Percebe-se claramente que a experiência de vida fala mais alto! Parabenizo os casais que possuem conta conjunta e conseguem manter a união e a harmonia dentro de casa, mais ainda assim, nessa esfera, depois de pagas as contas da casa, acho que a fórmula "cada um no seu quadrado" ainda é infalível! ;-)

Anônimo disse...

Oi Fá. Tenho 31 anos e meu marido é mais novo que eu. Ele tem 27. Nos conhecemos há 4 anos atrás e sempre ganhei mais que ele. Ele sempre me entregou todo o salário e desde que casamos eu controlo as finanças da casa. De uns 6 meses para cá ele mudou de atitude e deixou de me entregr o salário. Ele continua a me ajudar com as despesas da casa, mas agora fica com o que sobra para ele. Estou desconfiada. O que será que está acontecendo? Isso é certo? Será que ele está me traíndo? Estou confusa...

Anônimo disse...

Já tive 3 fatídicos casamentos, sim uso essa palavra pq os 3 estão exemplificados na questão, e me deram além do arrependimento o lado bom do aprendizado.
No meu primeiro eu ganhava mais, mas dividíamos quase de forma igual todas as despesas e pra não constrager a outra parte eu me adequei a um padrão diferente do meu habitual e digamos q inferior, td em prol do bem comum, mas depois de um tempo "a diferença" foi crescendo e minando tudo.
No segundo era exatamente o oposto eu era econômicamente inferior e além disso vivia sendo constragido com mimos e presentes na maioria caros e desnecessários, não podiamos ir ao shopping pra um simples cinema q se parasse numa vitrine, no dia seguinte algo exposto ali surgia como surgia como surpresa de amor, comecei a não olhar pros lados parecia um robô. Pra alguns isso possa parecer um oásis, e não se trata de orgulho meu ou algo do tipo, também gosto de presentear fora de datas e de surpreender mas acho que o valor não deve e sobrepor à ação, por fim percebi que os meus amigos eram os amigos dela, os nossos programas eram os dela e as contas também, as nossas viagens eram as dela e as despesas idem e depois de 4 meses de novo td se acabou, eu me sentia um gigolô.
No terceiro eu era o provedor da casa, ela era ainda estudante portanto não tinha renda decidimos nos unir mesmo sabendo que teria que tirá-la de uma república onde estudava e que isso geraria custos, mas vivíamos felizes e eu me sentia muito bem, sabendo que estava construindo algo bom pros 2 e que no mínimo já que nos encontramos em situações financeiras diferentes nada mais justo que investir mesmo que só no nosso cantinho, montei uma casa toda pra nós 2, e nesse periodo morava em outro estado por exigencia de trabalho, o inevitável que já haviamos tanto discutido aconteceu. Precisava voltar em 15 dias e ela como acordado antes finalizaria o período do curso e daí fariamos a mudança e seguiriamos nossa vida aqui. O que aconteceu? Se ela te ligou depois que eu saí, ela ligou pra mim tbm, simplesmente começou a me ignorar até que sumiu, trocou de numero endereço e ficou com tudo, até tentei ouví-la e dar um momento de explicação e pra evitar confusão acabei deixando td pra trás. As coisa materiais são pra isso mesmo pra se perder e depois ganhar.
Essa novela toda é só pra dizer q com isso td eu aprendi que o bom senso é importante, que o companheirismo é importante mas que classes muito diferentes são imcompativeis e não se trata de preconceito . Devemos buscar pessoas próximas ao nosso nível, não que sejamos caçadores vorazes em busca de isso ou aquilo muito menos sobrepor ao romance e carinho o fator financeiro, acadêmico e intelectual.
Acredito que devem existir,
momentos, conhecimento e dinheiro seus, momentos, conhecimento e dinheiro meus e momentos, conhecimento e dinheiro nossos, o segredo dessa equação é o equilíbrio nada pode ser discrepantemente diferente, desde o lado financeiro que é o tema discutido, mas também o lado intelectual, moral e até mesmo o físico.
Semelhanças são mais facéis a longo prazo de darem uma boa soma que diferenças gritantes.
O equilíbrio é o certo e o mais adequado, foi isso o que aprendi.