quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Não somos burras!


Desabafo de uma conhecida minha nessa semana:  saiu com homem interessante, bonito e com um ótimo papo. É claro que acabou rolando. Ficou empolgada, e ele idem! Marcaram outro encontro e tudo corria muito bem, até que alguns dias depois, como é de praxe numa cidade pequena, descobre que o mesmo, apesar de todas as qualidades enumeradas, omitiu a principal delas: era casado, que droga!

Não acredito!”, pensou ela.

Mulher experiente que é, ficou na sua, esperando o bonitão ligar de novo. E aí, dito e feito!  Foi então que se seguiu o absurdo diálogo:

Ele : Oi amor, tudo bem?
Ela: Tudo. E você? (Responde secamente)
Ele: Um pouco cansado... Como foi seu dia? (Falando mansinho!)
Ela: O meu foi ótimo, e o seu?
Ele: Mais ou menos...passei o dia pensando em você...!
Ela: Foi? Que coisa...! E na sua mulher, você pensou?
Ele: Mulher? Que mulher?
Ela: A sua mulher...você não é casado?
Ele: Eu não sou casado, eu só moro junto...!

Para tudo! Qual é??? O que é isso? Que mundo é esse? E desde quando “morar junto” vale menos que casamento no papel???  Para mim, para o resto do mundo e inclusive para as leis, é tudo a mesma coisa, não é? Ora, faça-me o favor!

É claro que a história acabou bem aí, obviamente acompanhada de algumas respostas atravessadas dadas por minha amiga, que, morrendo de raiva, claro, desligou o telefone.

Mas não adianta. Vocês ainda não conseguiram entender que nós mulheres, não somos burras? Será que é tão difícil fazer com que vocês entendam de uma vez por todas que as suas desculpas são primárias e muito mal elaboradas para o nosso universo? Será que vocês ainda não perceberam que somos seres verdadeiramente mais arrojados e complexos, assim como o nosso raciocínio é muito mais ágil e profundo?

Olha, com todo o respeito que tenho por vocês, rapazes, chega um ponto da vida em que sinceramente não dá mais para uma mulher fazer “vista grossa” para determinados deslizes cometidos por vocês: como o pai divorciado que esqueceu os filhos do primeiro casamento; o namorado zeloso e bonzinho que sempre esquece a carteira e nunca pode dividir uma conta; o namorado trabalhador, que nunca está disponível para sair nos finais de semana e que só nos liga ou atende no horário comercial; o desempregado que faz dezenas de entrevistas, mas que nunca consegue um emprego, coitado! Ou então aquele tipo traumatizado, que não pode nem ouvir falar em casamento; o que viaja muito e que nunca tem tempo para comparecer nas festas da nossa família; aquele que mal nos conheceu a já passa a nos amar, querendo casar o mais rápido possível e que já se encontra confortavelmente “instalado” dentro da nossa casa, mandando e desmandando ou ainda aquele outro que nunca nos apresenta aos amigos, porque “sempre foi muito reservado”, nem à família, “porque não se dá bem com ela”, ou seja, homens que não têm passado, nem presente, quem dirá futuro!  

Ah, eu não poderia esquecer os clássicos: o que está traindo pela primeira vez, cheio de culpa, porque a mulher não gosta de transar ou não pode, porque é doente, ou aquele que está louco para se divorciar, mas que só não o fez por causa dos filhos pequenos. Detalhe: ambos já dormem em camas separadas e claro, são extremamente fiéis à suas amantes, já que com a esposa “não rola mais nada em casa”, dizem...! rsrsrsrsr

Homens nebulosos, histórias mal-contadas, desculpas esfarrapadas...Por favor, rapazes, não se iludam, porque nós captamos tudo, percebemos tudo e se existem ainda aquelas que caem nesse tipo de conversa é porque, com certeza, ainda precisam aprender um pouquinho mais sobre vida e sobre os homens!

Por isso rapazes, quem avisa amigo é: não apostem na burrice feminina! A surpresa vai ser grande e o tombo bem dolorido! Aprendam conosco, sejam criativos! Inventem outros perfis, novas histórias mirabolantes, diversifiquem os personagens, variem só um pouquinho e pelo menos nos proporcionem mais emoção e até mesmo diversão, porque dos tipos batidos e repetidos que vimos aqui, já estamos mais do que cansadas e escaldadas! rsrsrsrsr

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Você acredita em namoro virtual?


Oi Fá! Você acredita numa relação virtual? Te pergunto isso porque conheço virtualmente um rapaz há nove anos. Quando nos conhecemos, num chat de uma operadora de celular, ele era casado e eu me casei logo em seguida na esperança de que esqueceria essa história. Durante esse tempo nos separamos, meu casamento não deu certo, tivemos outros relacionamentos, mas nunca deixamos de nos falar. Todos os dias nosso primeiro bom dia é uma ligação para dizer como foi a noite e se dormiu bem. Sabemos tudo sobre a vida um do outro. Nos falamos todos os dias: brigamos, cobramos ciúmes, sorrimos e choramos, compartilhamos alegrias e tristezas, participamos do dia-a-dia do outro, sempre a distância. Só que agora este sentimento esta mais forte, a vontade de se ver é grande e o desejo é maior ainda. Hoje estamos solteiros e com o firme propósito de casar e ter uma família. Somos duas pessoas maduras, tenho 37 anos e ele 45. Moro em São Luís e ele na Paraíba. Diante desse quadro, te pergunto: é possível que duas pessoas que nunca se viram antes, só pelo computador, possam realmente se apaixonar? Sentirem saudade? Sentirem falta uma da outra? Ou isso não passa de uma ilusão?

Prezada anônima, a sua história é muito bonita e romântica, parabéns! Quanto aos seus questionamentos, quero lhe dizer que acredito sim que namoros virtuais possam resultar em felizes uniões reais porque conheço pessoas que vivenciaram situações idênticas ou similares a que você descreve e que tendo ultrapassado as barreiras virtuais, hoje se encontram casadas e muito felizes no mundo real! É lógico que também existem histórias nem tão felizes assim, e que nos deixam verdadeiramente desconfiados deste tipo de relacionamentos. E acho até interessante que isso seja ressaltado aqui, pois o bem mais precioso que se observa nesse contexto é a sua vida e seu bem-estar. Mas creio que após nove anos de contato e sendo vocês pessoas maduras e resolvidas, que ainda acreditam no amor e que se sentem preparadas para tentar uma nova história, só resta fazer uma pergunta: O que estão esperando? Minha querida, não adie a sua hora de ser feliz! É importante que antes de tudo, você adote todas as cautelas necessárias para começar a concretizar essa história. Observe que todas as coisas boas nessa vida precisam de um certo tempo para serem maturadas e assimiladas, que a pressa é realmente a maior inimiga da perfeição no campo dos relacionamentos e que definitivamente, saber esperar o tempo de cada um é de verdade é a maior prova de maturidade e respeito ao próximo. Mas prepare-se para conhecer este homem, resolver esta situação e quem sabe, encontrar um companheiro para sua vida! Vá preparada para tudo, encarando esta situação com responsabilidade, mas sobretudo sabendo que no mínimo você já tem um maravilhoso amigo com quem já  compartilhou a sua vida por 9 anos! Siga em frente! Espero que dê tudo certo e boa sorte!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ele bebe demais!


Oi Fá! Não sei se a minha questão tem a ver com a temática do seu blog, mas meu problema é o seguinte: Meu marido fez a cirurgia de redução do estômago há 5 anos e desde então, temos enfrentado alguns problemas. Eu o conheci já acima do peso (ele estava pesando 130 quilos) e via que ele não trabalhava muito bem essa situação. Apesar disso ele sempre foi uma pessoa tranquila e nossa convivência era a melhor possível. Sempre viajamos, saímos a sós ou com amigos e nossa vida íntima era sempre muito satisfatória, e quando ele decidiu submeter-se à cirurgia, eu dei a maior força. No decorrer desses cinco anos, ele perdeu mais de 40 quilos e durante esse tempo muita coisa mudou: ele ficou bem vaidoso, ficou autoconfiante demais e por pouco nosso casamento não naufragou, pois acho que no início, ele “se deslumbrou” com o emagrecimento e com os elogios feitos por outras pessoas (e principalmente outras mulheres!). Foi preciso muita paciência e amor da minha parte e muita conversa entre ambos para que as coisas voltassem minimamente aos eixos. Só que agora, passados 5 anos, estou enfrentando um outro problema: ele tem bebido demais e o pior não é isso – está engordando novamente (10 quilos em 1 ano!).  Todos os dias ele bebe muito (de segunda à segunda), e por mais que eu fale, de nada adianta. Acho que a situação é grave, já tendo ele até faltado ao trabalho por conta da ressaca! Já aguentei muita coisa, Fá, mas agora quem está dando sinais de cansaço sou eu. Em cinco anos, eu ainda não tive paz! Estamos juntos há 8 anos e temos um filho de 6 anos, mas foram muitas mudanças e agora estou chegando ao meu limite! Por favor, me ajude!!!!

O seu problema é bem interessante e tem sim muito a ver com o blog. Agradeço desde já pelo seu relato, pois sabemos que um relacionamento passa por muitos desafios e com certeza, as questões que enfocamos aqui, são todas pertinentes e fazem parte do dia-a-dia de um casal normal. E a sua não é diferente, muito pelo contrário! É até mais comum do que imaginamos. É que no seu caso nos confrontamos com duas questões bem delicadas: as mudanças operadas na vida de quem se submete à cirurgia bariátrica e as consequências na vida das pessoas ao seu redor e também a questão do abuso de bebidas por um dos parceiros. Tudo isso é muito complicado e precisa ser analisado com muita calma. Primeiramente quero te dizer que eu também fiz a cirurgia e que falo com conhecimento da causa: Esse processo de emagrecimento ocasionado pela cirurgia, ao contrário do que estamos vendo aí, com a banalização deste procedimento por muitas pessoas é algo bastante complicado, que mexe profundamente com a cabeça de quem passa por ele. Imagine o que pensa uma pessoa perde em 1 ano 40, 50, 60 quilos????  A mudança é muito brusca, as descobertas são inúmeras e o choque de realidade é enorme!  A pessoa passa, em um "piscar de olhos" a realizar muitos desejos, vontades e anseios que estavam escondidos ou reprimidos por baixo de toda aquela gordura e sente uma real necessidade de experimentar sensações inimagináveis para alguém que carregava muitos quilos de sobrepeso. É natural que seu marido passe a se achar o “super-homem” e daí vêm os excessos e atitudes equivocadas. É importante ainda entender que a obesidade (mórbida), além de ser o principal foco da vida de quem sofre esse mal, é ainda, para o obeso, a responsável por grande parte de suas mazelas. Ou seja, quem tem problemas com a obesidade, concentra todas as suas frustrações nesse aspecto e acredita sinceramente que o emagrecimento resolverá grande parte de suas insatisfações, o que não é verdade mesmo e isso ocasiona uma outra série de frustrações e desapontamentos.  É importante que você seu marido entendam que o caminho do emagrecimento através da cirurgia bariátrica é verdadeiramente tortuoso e bastante difícil, o que requer diálogo, paciência e, sobretudo ajuda profissional para ambos. O OBESO QUE FEZ A REDUÇÃO NECESSITA DE AMPLO ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO para que não sofra o que seu marido tem sofrido, inclusive no que diz respeito aos “deslumbres” e à questão da bebida! Por isso, como não sou psicóloga, o único conselho que posso te dar é o seguinte: Não “chute o pau da barraca” antes de buscar apoio de um bom psicólogo! Converse com seu marido, fale com ele sobre uma terapia de casais, mostre o que tem sofrido, mostre outros exemplos e encare isso como apenas mais outro desafio no seu relacionamento, sabendo que este não será o último, e que amanhã pode ser você quem precise contar com o apoio dele para superar os seus problemas!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

As armadilhas da correria


Nossa, a semana começa e a gente corre tanto que às vezes não consegue conciliar a vida pessoal com as atribuições do dia-a-dia! Também, pudera: trabalho, colégio dos filhos, academia, contas a pagar, médico, banco, aula de inglês, balé, dentista, almoço com os pais, com a melhor amiga, chopp com os amigos, pelada, almoço com clientes, relatório mensal, falta de babá, deslizes da empregada, comprar pão, ir ao supermercado, abastecer o carro, calibrar pneus, verificar o óleo, deixar uma comidinha pronta, pegar a roupa na lavanderia, deixar o dinheiro do gás, pagar a diarista, ir à costureira, levar a bolsa para consertar, passar na farmácia... Ave-Maria!!! No meio de tantas responsabilidades, como vamos arrumar tempo para...NAMORAR???

Às voltas com toda essa correria, como vamos arrumar tempo para dar atenção ao companheiro? Mas não tem nada não...a gente se vira no domingo, não é? Afinal de contas, “se estamos juntos, ele(a) tem que entender a minha rotina, né!”. 

Não necessariamente, meu (minha) caro(a)!

Olha, se você está vivendo assim, sinceramente eu acho melhor você arrumar um tempinho para curtir o seu parceiro, quer ver?

Por que enquanto pensamos assim, a pressa do dia-a-dia impede que ele enxergue as suas calcinhas folgadas, ou que você perceba a existência de uma cueca furada. Impede que ele repare no seu esmalte descascado, naquela sua meia-calça que desfiou acidentalmente e você, nem repara na sua barba por fazer, nos seus sapatos sujos e nas manchas de baton daquela camisa do trabalho... O corre-corre não deixa que o marido perceba que você finalmente comprou aquele par de sapatos super caro, e que comprometeu uma boa parte do limite do seu cartão, além do horror de maquiagens compradas numa visitinha básica feita pela revendedora de uma marca famosa qualquer! Mas isso é ótimo, não é? Vamos combinar que sim!

Por outro lado, a correria da semana não te deixa perceber que ele tem se perfumado mais, comprado roupas novas, que têm comentado muito pouco sobre o trabalho e que de uns dias pra cá, tem estado mais ocupado que o normal, geralmente fazendo serão, ou então levando mais trabalho para casa, coitado...afinal, você tem que se desdobrar em mil e uma, cuidando da casa, do jantar, preparando a lição das crianças, preocupando-se também com o seu trabalho, que já não anda lá essas coisas, com a sua boa forma, principalmente depois que ele te disse anteontem que você está ficando mais cheinha...!

A sua correria te impede de perceber que os elogios vêm sumindo, que os presentes vão ficando mais raros e baratinhos. Que o celular sumiu de cima da mesa e que quando o mesmo toca, as conversas acontecem todas bem longe de você, que a esta altura do campeonato, anda tão cansada que agradece à Deus, por ele não ter ultimamente tanta vontade de transar! “ALELUIA!”, você diz!

A pressa rotineira impede que você perceba que a sua mulher, apesar da sua ausência, acorda com a pele linda, viçosa, e que o humor dela, apesar de todas as responsabilidades e chatices cotidianas nunca esteve tão bom, que se apresenta com uma aparência tão boa, jovial, que passou a te tratar maravilhosamente bem de um dia para o outro, apesar de nada ter aparentemente mudado em casa em muitos anos de rotina inabalável!

A mudança do cabelo, as roupas novas, os longos silêncios, a felicidade inexplicável, a mudança repentina do perfume preferido (rsrsrsrs), as lingeries novas, que estranhamente não são usadas com você, as músicas românticas ouvidas repetidamente no carro, a academia, que agora passa a ser todos os dias da semana...tudo isso passa despercebido aos seus olhos, graças à quem??? Graças  à sua correia diária, claro!

Então eu pergunto: Para que correr tanto?

Olha, é sempre bom lembrar que às vezes, só percebemos que a “casa caiu”, depois que estamos no meio da rua sem ter para onde ir! Por isso, reflita: que tal pisar no freio e passar a enxergar quem está ao seu lado?

Por que é sempre bom lembrar que quem está ao seu lado não é feito de pedra, nem é máquina e tão pouco você também!  Pode até ser que esteja se sentindo meio abandonado e carente, só que você tem corrido tanto que nem sequer percebeu ou cogitou essa hipótese.

Por isso pare antes que seja tarde e depois não venha reclamar de “ter feito tudo certinho” e que mesmo assim foi sacaneado!

Porque sacanagem mesmo, é viver correndo, deixando de lado quem te ama!










quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Abandonando o barco!


Oi Fá, te peço desculpas por te relatar os meus problemas, mas vamos lá: Tenho 25 anos e me considero uma mulher interessante. Sou solteira e tenho minha profissão. Eu e meu namorado estamos juntos há 8 meses, mas há umas duas semanas que encontrei  no Facebook dele algumas mensagens trocadas com uma colega da faculdade, parecendo uma paquera, onde inclusive eles marcavam até um encontro! Eu me fiz de morta, mas o problema é que tenho percebido ele frio e distante. Ontem, quando estávamos juntos, o celular dele tocou e ele foi atendê-lo bem longe de mim. Quando voltou já era outra pessoa: estava irritado e não queria conversa comigo. Os apelidos carinhosos acabaram e os telefonemas inesperados também. Não sei o que fazer. Por favor, me dê uma ajuda!

Primeiramente você não precisa se desculpar por relatar seus problemas, imagina! O blog existe é para isso mesmo! Em relação ao seu problema, querida, eu não queria ser pessimista nem ferir seus sentimentos, mas acho melhor você sofrer agora que adiar uma dor maior para o futuro. É melhor que você abra os olhos agora e pare de se iludir a respeito deste seu namorado, porque as coisas que estão acontecendo estão mais claras que água: O cara está te traindo descaradamente! Se você já encontrou as provas e está sendo maltratada desta forma, o que mais está esperando para cair fora desta roubada? Sendo você essa moça tão interessante e cheia de qualidades, não desperdice mais um minuto da sua vida em prol deste rapaz que não está sabendo te valorizar. Outra coisa: analise, vocês ainda não completaram nem 1 ano de relacionamento e esse “engraçadinho” já está agindo assim??? Quem ele pensa que é?? Então aproveite que vocês ainda não engrenaram algo mais sério e saia de campo, hoje, AGORA! “Pule fora desse barco” enquanto é tempo, que esse aí já naufragou! Mas te garanto uma coisa: daqui há pouco você nem vai lembrar que esta criatura existiu um dia na sua vida, pois outro muito melhor já deve estar a caminho para ficar no lugar dele, podes crer! ;) rsrsrsrsrs

domingo, 9 de setembro de 2012

O valor da amizade


O tempo vai passando, os amores também. E à medida que caímos, quebramos a cara e nos decepcionamos com a falibilidade do ser humano, aprendemos ás duras penas que por mais gostoso, atencioso, amoroso e gentil que possa ser o seu amor, ele não vale o término de uma amizade.

Porque por mais dura e cruel que seja essa constatação, esse seu amor dificilmente vai durar a vida inteira. Pode ser que amanhã mesmo você se depare que algo ou alguém que julgava conhecer, completamente modificado por motivos totalmente desconhecidos por você.

E para você que cometeu essa tolice ao encerrar uma amizade, ferir um amigo, ou dirigir-lhe duras palavras por conta desse seu amor, a ressaca pode ser grande demais.

Porque ninguém é obrigado a gostar da pessoa que namoramos. Nem tão pouco os seus amigos. Nenhum deles têm essa obrigação, por mais “bacana” que seja a sua cara-metade. E você também não é precisa se dar bem com todos os namorados ou namoradas que seu melhor amigo vai encontrar pela vida afora. É simplesmente impossível que sejamos compatíveis e aceitos o tempo todo. É assim mesmo. Não dá para agradar todo mundo!

Mas sinceramente, eu tenho certeza que desistir de um amigo por conta de um relacionamento é realmente uma grande roubada. Pense nisso: quando essa sua história acabar, quem vai te ajudar a enxugar as lágrimas? Quem vai te dar um ombro e um ouvido onde você possa despejar as suas mágoas, sem te cobrar absolutamente nada?  Realmente, desistir de um amigo por conta de um namorado é mesmo um “tiro no pé”!

E o pior é que sabemos de tudo isso...”mas o meu relacionamento é sólido”, “nós vamos ficar juntos para sempre”, “meu namorado é a pessoa que mais me conhece nesse mundo”, “ele me aceita do jeito que sou”, “ele me faz crescer”, “esse meu amigo é tão implicante...”, “como as pessoas são invejosas...”, “ninguém pode me ver feliz...”, rsrsrsrsr...nossa, como ficamos tolos e cegos quando nos apaixonamos, não é? rsrsrsrsrsrsrs

E quando essa sua paixão, que dura de 24 à 36 meses passa, você olha para os lados e se pergunta: “Onde está meu amigo?”

Pois é...ele se foi, juntamente com a sua paixão...!

Aliás, mas que paixão mesmo?



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O homem traído


Oi Fá! Você estava fazendo a divulgação do seu blog aqui em São Paulo, quando me deu o seu cartão. No começo fiquei meio desconfiado, mas chegando em casa resolvi conferir e me identifiquei no ato! Primeiramente gostaria de te parabenizar por sua coragem e carisma! Achei sua abordagem fenomenal e seu blog muito bem construído. Mas a minha dúvida é a seguinte: Tenho 38 anos e sou casado há 10. Amo a minha esposa e só a traí há uns 8 anos atrás de uma forma tão banal que realmente nem conta. Foi só uma transa mesmo, da qual até hoje me arrependo. Ela nunca descobriu e de lá pra cá construímos uma vida maravilhosa. Temos 2 filhos: um de 7 e outro de 5 anos. Acontece Fá, que de uns tempos pra cá, sinto minha vida conjugal desmoronando. Descobri há uns dois meses que minha esposa está tendo uma caso com um rapaz mais novo que eu, um colega da faculdade. Não sei como exatamente as coisas aconteceram, mas estou paralisado em esta situação. Na minha casa, tudo continua como antes. Ela continua igual e até ficou mais amorosa comigo. Fico olhando no fundo dos seus olhos e me pergunto como ela pode ser tão dissimulada. Já não sei o que fazer. Já pensei em exigir que ela deixe o curso, já pensei em me mudar de cidade junto com toda a família para afastá-la do amante, já me passou pela cabeça acabar com o casamento, mas não quero precipitar-me, afinal somando o tempo em que estamos casados mais os anos de namoro, já estamos junto há 16 anos! Temos uma família linda e não me imagino sem ela. Por outro lado, me dói demais saber que estou sendo feito de trouxa. Por favor, me ajude. Não tenho coragem de falar com os amigos sobre isso e não quero compartilhar com nossas famílias, pois todos ficarão revoltados com a situação. O que devo fazer? Obrigado.


É prezado anônimo, num relacionamento, não existe dor maior do que a de ser traído. Isso porque a traição envolve uma série de sentimentos, que vão desde a vergonha, a humilhação, a decepção e a desconstrução da imagem que foi erguida através dos anos de convivência com o(a) parceiro(a). Ou seja, uma vez descoberta a traição acontece literalmente um “desmoronamento”, que envolve toda a idealização construída em torno do parceiro, da confiança, da relação e do casamento. Você se sente fracassado e a autoestima fica completamente abalada. Realmente, é normal ter pensamentos desesperados e às vezes a saída mais digna seria encerrar a relação e “partir para outra”, tal como muita gente opta por fazer. Se você estivesse num namorinho, pode ter certeza que te aconselharia a “sair fora” dessa história hoje mesmo, mas a sua situação é mais complexa. Mas dentro desse contexto narrado por você, existem alguns aspectos que devem ser considerados, antes de ser tomada uma decisão drástica: primeiramente, assim como você teve no passado essa experiência banal, o que está acontecendo com sua mulher pode ser igualmente banal. Talvez esse “caso” não tenha a mínima importância para ela. Você também não pode desconsiderar que, os motivos que levam uma mulher a trair são totalmente diferentes que aqueles apontados pelos homens. Mulheres não traem por diversão ou aventura. Geralmente por trás da traição feminina existe algum traço de carência ou insatisfação com o parceiro, falta de atenção, perda da cumplicidade do casal. Então, faça um exame de consciência e analise seu relacionamento nos últimos anos e tente encontrar algum indício negativo que mereça ser ajustado. Por mais difícil que seja a situação, chame-a para conversar. Lute por ela e por sua família. Exponha o que sabe, demonstre seu sofrimento e sua vontade em não desistir do casamento. Não tome medidas extremas e nem lance mão de proibições, agressões verbais ou físicas. Este momento é muito delicado. Acima de tudo tente mostrar à sua esposa que o que vocês têm em termos de amizade, família, cumplicidade, e intimidade, é muito maior que qualquer caso passageiro. Por fim, adote atitudes que possam valorizar a vida à dois: façam uma viagem sem os filhos, busquem uma terapia de casal, não deixem de dar atenção ao sexo, saiam sozinhos, redescubram o prazer da vida a dois, namore sua esposa e mostre a ela que nenhum outro homem poderá completá-la a não ser você. E por fim, após tudo isso lhe dê outro voto de confiança e mostre a ela que esse “casinho” não foi o suficiente para abalar o homem que você é e muito menos a sua confiança, e que você é muito melhor e maior que qualquer outro homem que possa aparecer. E acredite meu amigo, pode ter certeza que não há nada mais atraente para uma mulher que ter ao seu lado um homem que se garante e que confia no seu taco! Vá por mim! ;-)

domingo, 2 de setembro de 2012

Lição de vida


A vida é tão engraçada, né?

A gente sobre, desce, briga, luta, grita, chora, vai e volta, casa, separa, casa de novo, tem filhos, cria-os, sofre, alegra, constrói e destrói, também. Ganha, perde, ama, esquece, dá mil voltas, tenta provar um milhão de coisas, conhece uma infinidade de lugares diferentes, experimenta mil e um sabores, frequenta as melhores baladas, os melhores restaurantes e conhece as pessoas mais influentes e importantes.

A gente faz tudo isso, buscando a realização plena dos nossos maiores desejos materiais e imateriais e respectivamente a “felicidade”.

Até que um dia uma coisa impressionante acontece: a gente amadurece e percebe que realmente, as melhores coisas estiveram sempre ao nosso alcance, na nossa frente, ao nosso lado, o tempo todo: o amor dos pais, da família, o calor dos amigos, o sabor da comidinha feita pela mãe ou pela pessoa que escolheu nos amar. O aconchego da nossa cama, o prazer em compartilhar as coisas bem simples que temos, com aqueles que amamos e principalmente com aqueles que nos amam de verdade.

O amor da esposa ou do marido, o conforto da nossa casa, que não se compara ao mais luxuoso dos hotéis, sendo esta infinitamente melhor. As conversas animadas com os amigos, que não querem nada mais de nós, além da nossa risada. A pureza do amor dos filhos, a compreensão daqueles que nos conhecem há muito tempo e que não precisam de nenhuma outra prova sobre quem somos, o olhar compreensivo do pai e da mãe, nos momentos de dificuldade, que nos aceitam do jeito que somos, repleto de amor, com todos os nossos defeitos e limitações, a mão amiga e sincera de um irmão, o carinho de um verdadeiro amigo. Uma palavra amiga. Um abraço verdadeiro e desinteressado.

Tem gente que precisa perder tudo isso para poder dar valor. Tem gente mais esperta, que parece que já nasceu sabendo exatamente o valor e a importância de todos estes bens, bem como a impossibilidade de substituí-los por quaisquer outras coisas. Que não se deslumbram nem se iludem com as falsas promessas que as armadilhas da vida nos trazem. Mas essas pessoas são tão raras!

Mas depois de andar, correr, brigar, ganhar, perder e ganhar de novo, só me vem à cabeça um poema de Guimarães Rosa, que diz assim:


“O correr da vida embrulha tudo,
A vida é assim: esquenta e esfria,
Aperta e daí afrouxa,
Sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.”


Então amigos, é isso aí: Coragem sempre, e sigamos em frente!