domingo, 28 de outubro de 2012

Casamento não é mole não!


Oi Fá! Estou escrevendo porque estou muito desiludida com meu casamento. Tenho 24 anos e meu marido 28. Somos daqui de São Luís. Namoramos por 04 anos e estamos casados há apenas 01 ano. Durante o namoro saíamos muito, viajávamos, jantávamos fora, íamos para as baladas, mas desde que nos casamos, tudo mudou. Nossa vida caiu numa rotina terrível. Chegamos do trabalho acabados e não temos vontade de fazer nada. Jantamos e deitamos na cama, assistimos TV e nada...! Nós não temos forças nem para brigar. Geralmente conversamos sobre como foi o dia, o que fizemos, e só! Antes do casamento nossa vida sexual era bem movimentada e quase todo dia transávamos, mas agora que casamos, tudo se resume em trabalhar, comer e dormir...Se hoje transamos 4 vezes por semana, é quase um milagre! Já conversei com meu marido, que por sinal é uma ótima pessoa, mas ele acha engraçado e sempre diz que “casamento é assim mesmo”. Sinceramente eu não posso acreditar nisso, pois se soubesse que as coisas iriam mudar assim depois do casamento, preferiria ser namorada para sempre! O que devo fazer???


Calma, deixa eu parar de sorrir..rsrsrsrsrsrsr...Minha querida, seja bem-vinda ao maravilhoso mundo do casamento! rsrsrsrsrsr...Mas agora falando sério: o que você está passando é algo previsível e mais comum do que se possa imaginar! Acho que 99,99% das pessoas que se casam passam pela mesma situação. Casamento não é mole, não minha filha! Essa fase boa do namoro, com baladas, jantares, viagens, pode continuar depois do casamento, é claro que sim! Acontece que agora vocês têm que planejar, dividir, racionalizar os gastos e trabalhar muito para pagar contas, a festa de casamento, poupar um dinheirinho, pagar os móveis da casa nova, a casa se ainda por cima quiser sustentar esses pequenos luxos, bem típicos dessa fase light, que se chama “namoro” e que você tanto aprecia! Vida de casado não é fácil, não: é rotina mesmo, é saber contornar esse tipo de situação e entender que amor não é tudo, mas que sem ele, você não termina o primeiro ano de casada, porque o choque de realidade entre o antes do casamento e o depois é tão grande, que os sonhos, as projeções e idealizações caem por terra rapidinho, rapidinho! É por isso que casar-se é o grande teste do amor, porque é só depois do casamento que o amor se confirma através das duras provas às quais ele é submetido: perda da intimidade, rotina, manias, falta de dinheiro, cansaço físico, brigas. E isso tudo é porque ainda não falei do sexo! Por favor, não espere do seu marido aquilo que você não pode dar a ele! Será que você ainda tem mesmo toda essa disposição de cinco, seis anos atrás, quando ainda estavam se conhecendo, para transar quase todo dia ??? Duvido!!! Olha minha querida, eu não queria ser dura com você, não, mas agradeça à Deus se você e seu marido transam 4 vezes por semana!!! Isso é um luxo para muitos casais!!! E ele merece um prêmio, pois é boa gente (como você disse), é trabalhador, tem uma performance invejável (4 vezes por semana depois de seis anos, tem certeza???) e ainda sorri de tudo, depois de ouvir todas as suas lamúrias ao fim de um dia cansativo de trabalho! O que mais você quer da vida??? Meu conselho: procure trabalhar mais para colocar dinheiro dentro de casa e ocupe sua cabeça com coisas úteis pois isso vai te ajudar a focar em objetivos reais. Reserve os finais de semana para fazerem o que gostam, saiam, comprem plantas para a casa, visitem os amigos, cuide bem do seu marido, faça uma comidinha bacana para o jantar, faça mais amor e reclame menos da vida, ok? Sucesso!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A volta por cima



Essa vida andou te maltratando. Teve uma hora até que você pensou em desistir. Em alguns dias de maior desespero você pensou em jogar tudo para o alto, desacreditou de tudo, se sentiu profundamente injustiçado e até esquecido por Deus. Você se perguntava a todo momento o que tinha feito para merecer tamanha provação!Logo você, que sempre foi bom pai, marido, boa esposa, mãe excelente, filha ou filho dedicado, “mas nada disso adiantou...!”, pensava.

A cada amanhecer você se questionava se realmente valeria a pena levantar da cama. E em algumas ocasiões realmente quase não teve forças, necessitando de alguma mão amiga para te auxiliar. E na hora das refeições a fome não contribuía e a vontade de deixar tudo no prato era muito maior.

Nessa ocasião o trabalho ficou prejudicado, totalmente esquecido em segundo plano. Você decidiu “ligar o piloto automático”, contentando-se em fazer o básico, enquanto não recuperava as forças para dar o melhor de si. Quem sabe não conversou com o chefe, a fim de explicar a situação e sua impossibilidade de ser o mesmo de sempre. E quem sabe tenha até sido compreendido...graças a Deus!

A casa ficou meio bagunçada. Você realmente não fazia tanta questão em arrumá-la. As louças se multiplicaram na pia, a poeira pelos cantos, a colcha da cama permanecia intacta, ou não. Você poderia deitar-se em qualquer canto da casa mesmo...isso não tinha mínima importância.

Os amigos e a família, assim como o pessoal do trabalho, todos ficaram preocupados. Não, você não era assim...aquele simplesmente não era você: descuidado da aparência, calado, pensativo. O olhar perdido, bem mais magro, e até sofrido...não...aquele definitivamente não podia ser você, mas era...infelizmente.

A hora de dormir era a pior de todas. Assim que apagava a luz, uma enxurrada de pensamentos misturados e confusos invadia a sua mente em meio a escuridão do quarto. Chorava baixinho e finalmente dormia exausto, até porque quando a insônia permitia, a tristeza cansava, e te consumia!

Mas o tempo passou e com ele as coisas aos poucos voltaram a recuperar suas cores: um belo dia você se olhou no espelho e se achou tão envelhecido...como pode ter acontecido assim tão rápido?

E naquele dia, tomou um banho demorado, escolheu uma roupa com cuidado. Decidiu passear, tomar um sol ou fazer uma caminhada. Sem perceber, até sorriu de uma piada e para seu espanto, conseguiu compartilhá-la com os amigos! E gargalhou como sempre fez!

E a gargalhada até te fez pensar: "Será que já estou curado...?"

Voltou a se arrumar, melhorou a aparência, arrumou a casa, retornou às suas atividades cotidianas, passou a agradecer a Deus por cada dia de luta, de trabalho, encontrou um novo amor, um novo emprego, recuperou-se da doença, da perda do ente querido ou dos seus bens materiais, superou aquele que  foi o maior desafio da sua vida e aprendeu a lição de superação e fé que só ela e o sofrimento são capazes de nos ensinar, e compreendeu sobretudo que apesar de todas as dores, tristezas e sofrimentos que passamos, fomos feitos para resistir, nunca desistir e finalmente acreditar que não existe neste mundo nenhuma sensação melhor e mais recompensadora que a satisfação em dar a volta por cima!

sábado, 20 de outubro de 2012

Namorado bipolar?


Oi Fá!!! Meu namorado e eu estamos juntos há 3 anos, tenho 45 anos e ele 43. Nesses 3 anos de convivência temos enfrentado muitos altos e baixos por conta do comportamento dele que é muito inconstante. Às vezes acho que ele é bipolar pois seu humor muda de repente. Uma hora me trata muito bem, em outras ocasiões é extremamente grosseiro comigo. Já rompemos várias vezes (mais de 10!!!!), e quando isso acontece ele nunca fica sozinho, pois sempre arruma alguma balada e companhia para sair. Eu sempre descubro pois as pessoas correm para me contar com quem ele saiu e onde o viram durante o período dos rompimentos. Quando voltamos e pergunto a respeito ele nega dizendo que foi só passatempo sem importância, mas pouco tempo depois acontece tudo de novo. O pior é que ele sempre fica com mulheres bem mais jovens que eu (na faixa dos 20 a 25 anos) e isso me magoa profundamente...será que ele é mesmo bipolar? Será que não me ama mais? O que posso fazer para não perde-lo?

Prezada anônima, antes de escrever qualquer coisa, seria interessante que você mesma fizesse uma analise se perguntasse até que ponto vale a pena manter um relacionamento nesses termos. Observe bem a situação: em três anos você relata que já romperam mais de dez vezes e nessas ocasiões ele sempre encontra companhia nas baladas, geralmente de mulheres (mulheres nada, meninas!) muito mais jovens que você...nossa, eu fico imaginando como você consegue agüentar tantas idas e vindas em tão pouco tempo? Isso sem falar das grosserias e do stress que você sofre a cada rompimento...Mas já que você pediu a minha opinião, vou ser sincera: esse homem não ama você, minha querida! E creio que você desconfia disso, e só não quer abandonar este "relacionamento" por medo da solidão, não é mesmo? Tenho certeza que sim, principalmente pelo fato de que a cada rompimento, sua auto-estima vai ficando cada vez menor e você fica se sentindo cada vez mais incapaz de se ver livre deste "encosto" que existe na sua vida! Outra coisa: eu não sou psiquiatra para responder com propriedade, mas pare de se iludir achando que este homem é "bipolar", até porque o transtorno bipolar é uma doença em que os altos e baixos são caracterizados por períodos de intensa euforia seguidos de períodos de depressão. Diferentemente do seu namorado, que quando não está lhe dando patadas, fica na balada com outras mulheres, se divertindo e lhe expondo, sem demonstrar o mínimo interesse em ser reservado ou discreto para lhe preservar de fofocas, boatos e comentários maldosos. Finalmente você pergunta o que deve fazer para não perdê-lo, e eu lhe pergunto também: será que você realmente tem esse homem? Mulher, pelo amor de Deus, preste atenção no que você está fazendo com a sua vida!!! O tempo passa rápido demais e esta história já lhe fez perder 3 preciosos anos da sua vida! Observe as atitudes deste sujeito e saiba que quando um homem ama uma mulher, o mínimo que ele pode fazer é respeitá-la, coisa que não se observa no comportamento do seu namorado. Pense no seu futuro e em você e entenda que você não precisa se contentar com as migalhas dadas por ninguém, muito menos por um namorado. Acredite sinceramente que você é muito melhor que ele e merece muito mais que isso!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DINHEIRO & SEXO


É impressionante, mas existem muitos homens que ainda acreditam que uma relação pode ser alimentada e mantida, com apenas dois componentes básicos: dinheiro e sexo. E com todo respeito que tenho pela categoria e suas representantes, não estou falando de prostituição, não! Tem muito marido e namorado que trata as suas respectivas esposas e namoradas desse jeito, achando que, pagando contas, comprando presentes, proporcionando luxos e satisfazendo sexualmente a mulher, já os deixa “em dias” com suas obrigações enquanto homens dentro de um relacionamento...Grande engano!

É realmente complicada a situação do homem que pensa assim, pois obviamente ele ainda não conseguiu enxergar o verdadeiro valor da sua companheira, nem tão pouco a sua relevância enquanto parceiro dentro da relação. Comportando-se desta forma, ele a coloca num patamar bem inferior ao seu ao acreditar que sua mulher, por estar “satisfeita” material e sexualmente nada mais tem a lhe exigir, ou pior ainda, entendendo que a mesma deve contentar-se com aquilo que lhe é oferecido, sem nada mais poder esperar de si!

Mas calma aí! Essa “fórmula” pode ter surtido efeito por muito tempo e é claro que encontraremos por aí muitas e muitas mulheres que buscam de um homem apenas o binômio “DINHEIRO + SEXO”, mas quando ele passa a acreditar que este comportamento é típico do sexo feminino, infelizmente está assinando a sua sentença perpétua de infelicidade e solidão!

Eu digo isso porque na medida em que um homem coloca um “preço” na sua mulher, ele mesmo acaba declarando publicamente que seu valor é bem inferior àquele atribuído a ela, concordam? É que esse tipo de atitude tão somente denota sua falta de inteligência e incapacidade em perceber que ainda seja o mais rico e o mais viril dos homens, se não possuir caráter para respeitar nem amar a sua companheira, ele não valerá absolutamente NADA para ela!

Até porque nós mulheres não somos objetos, nem bonecas que precisam desse tipo de “bateria” para funcionarmos bem, nem “bichinhos de estimação”, que bem alimentadas “abanarão o rabinho” para os seus donos, satisfazendo as suas vontades e contentando-se apenas com jantares, presentes, viagens e sexo burocrático, sem nada mais podermos esperar de uma relação.

Seria interessante que esse tipo de homem observasse alguns aspectos do moderno comportamento feminino. Primeiramente, faz tempo que conseguimos a nossa emancipação: nós trabalhamos, ganhamos o nosso dinheiro, moramos sós, sustentamos uma casa, criando os nossos filhos, muitas vezes sozinhas, sem a ajuda dos seus pais, logo, não precisamos de um homem que nos mantenha, uma vez que já fazemos isso! E  tem mais: Não somos burras e nem queremos ser exploradas. Nos contentamos apenas com homens responsáveis e companheiros, que saibam dividir responsabilidades e felicidade!

Além do mais, sentimento e respeito não podem ser comprados. De jeito nenhum! Da mesma forma que você não ama nem respeita a sua mulher, dinheiro e sexo jamais vão garantir que você receba tais sentimentos de volta. Já pensou nisso? Aposto que não!

Um relacionamento de verdade precisa de tantas outras coisas para vingar: Uma boa conversa, cumplicidade, entendimento, renúncia, desprendimento, companheirismo, respeito, pois com o passar do tempo, o sexo, apesar da sua grande importância na relação, acaba ocupando uma posição secundária na vida do casal e isso é plenamente natural com a maturidade. Quando esse momento chega, relacionamentos construídos tendo como base somente a atração física, naufragam com uma rapidez impressionante!

Quanto ao dinheiro, nem preciso dizer que às vezes ele acaba, né? E nessa hora, aquele homem que fatalmente se encontrará fragilizado pelas perdas materiais, necessitando de apoio e compreensão da sua companheira, com certeza experimentará o sentimento de abandono e indiferença de uma mulher que visa na relação somente os prazeres que o dinheiro podem lhe dar. Até porque meus queridos, vamos combinar: somente o amor sólido e verdadeiro, faz com que permaneçamos unidos nos momentos das dificuldades financeiras de um casal, isso é fato e verdadeira prova de fogo!

Portanto companheiro, a escolha é sua. É você quem sabe qual caminho lhe trará mais satisfação. É comum vermos homens que optaram por uma vida de farras, prazeres ilusórios, garantidos a custa de muitos gastos com mulheres, presentes e outros luxos. Que tiveram em suas vidas muita festa, curtição e mulheres belíssimas, mas que no entanto, nos momentos mais críticos de suas vidas e principalmente na velhice e na pobreza, se viram completamente sozinhos e desprezados por aquelas que eram agradáveis companhias nos momentos de alegria e fartura...


Mas não se preocupe: se ainda tem dúvidas ou dificuldades em identificar uma mulher de verdade e as vantagens em ter uma ao seu lado, aí vai a dica que nunca falha: Ela vai te exigir muito mais que dinheiro e sexo, mas vai te dar muito mais que isso, com ou sem o seu dinheiro, na cama e fora dela também! É fácil perceber! Fique esperto, abra os olhos e seja inteligente, rapaz!

sábado, 13 de outubro de 2012

O casinho da academia!


Oi Fá! Tenho 25 anos e conheci uma mulher mais velha que eu na academia. Ela deve ter uns 40 anos, mas é super gata! Mas ela tem um problema: é casada e tem filhos. Mas bateu uma atração daquelas e não deu outra: saímos e transamos. Foi bom demais, saímos ainda quase todo o mês de setembro, quase todo dia! Agora de uma hora pra outra ela resolveu me dar “um gelo”. Não fala mais comigo, não atende meus telefonemas, ficou fria e indiferente e foi super grossa comigo ao me pedir que não ligasse mais nos finais de semana. De vez em quando muda de novo e me trata bem, mas depois fica indiferente novamente! Que loucura é essa? O que está acontecendo? Por que ela me trata assim?  Será que vamos sair novamente?

Meu jovem, eu vou ser bem sincera, até porque um rapaz da sua idade já tem que acordar para vida, não é mesmo? É claro que você foi mais casinho dessa mulher! Observe: vocês se conheceram na academia, bateu atração forte e vocês saíram um mês inteiro! Para ser mais clara e objetiva: ela lhe “usou” durante o mês de setembro, várias vezes...! rsrsrsrsrs Além disso, o que mais você iria querer de uma mulher casada? Que ela deixasse o marido dela por sua causa? É óbvio que ela manterá essa história de acordo com a conveniência dela. E com certeza, a tendência é ser muito mais fria com você, caso haja uma maior insistência da sua parte em querer uma proximidade com ela. Outra coisa: amante nunca liga no fim de semana!!! Ficou louco? Quer que o marido dela atenda? Quer que aconteça uma desgraça na sua vida, rapaz? Com certeza, ela sempre irá te tratar melhor quando quiser dar uma saidinha com você, mas não vá esperando nada mais além disso! Tá muito claro que tudo o que ela quer é desfrutar desse seu corpinho por algumas horas! Mas ao invés de se preocupar com isso, porque você não trata de arrumar uma namorada solteira e para de arriscar a sua vida, hein? Olha, não se esqueça que tem muito homem ciumento e violento por aí, viu? Juízo...! rsrsrsrsrsrsr


terça-feira, 9 de outubro de 2012

O tamanho da traição


Fico prestando atenção nos casais de hoje em dia. E tenho conversado muito com muita gente. E também tenho observado um fenômeno impressionante: Meu Deus do céu, o povo adora falar de chifre, será possível? Se a gente senta para falar com as amigas, chifre. Se se assiste a novela das oito, chifre. Reunião de família? Nem se fala: chifre! Cabeleireiro???? Prefiro nem comentar...! Jogo de futebol com os amigos (não sou homem, mas tenho certeza que o assunto não é outro): chifre! É tragicômico, mas hoje em dia é cada vez mais raro se ouvir falar do casalzinho que depois de alguns anos de convivência se curte e se respeita sem o malfadado chifre!

Parece que existe uma torcida de chifrados invisíveis à espreita, esperando a chifrada crucial, o momento de se dizer ao pobre ou à pobre recém integrante do time dos cornudos o tão famigerado "eu não te disse?", só pra se ter o gosto de demonstrar que a fraqueza humana esta aí para quem quiser! E para quem já foi chifrado, saber que o time aumentou é quase um regozijo, acompanhado de um prazer quase orgásmico...”coitado!”, se pensa, mas lá no fundo, lá no fundinho da alma, pensa-se também “não foi só comigo”! Credo... o ser humano é bicho cruel!

E a coisa está séria, porque o chifre acabou sendo institucionalizado, de tão comum que é!!! Claro, pois a partir do momento que a sociedade propaga que ninguém está livre disso, “que todos os homens traem” e que “mulher gosta é de dinheiro”, ou seja, ditos popularescos de qualidade e origem extremamente duvidosos, mas que habitam o cancioneiro popular era natural que regras fossem criadas, para o popular chifre. Não acreditam?

Dia desses participando de um absurdo diálogo, com uma conhecida, ouvi as seguintes colocações:

“A gente sabe quando o homem ama uma mulher, até na hora do chifre...!” (Quer dizer que quem ama chifra...? Pode ser, né...?)

 Vocês precisavam ver a minha cara...rsrsrs. Ela continuou:

“Fá, o homem bom, quando chifra, trata a esposa como uma rainha, dá presentes, elogia e nunca traz ‘problema’ da rua pra dentro de casa”. (Nossa...que homem bom...um santo, praticamente!).

Não satisfeita, prosseguiu e eu, com a minha cara, claro, no chão, estupefata, ouvia com atenção:

 “E se encontrar com a puta na rua, vai fazer que não a conhece, principalmente se estiver com a família, é claro...isso é respeito, né? Pode apostar!” (Quanto respeito tem esse homem dentro de si: trai a esposa e se encontra a amante na rua, vira-lhe a cara, pois RESPEITA a companheira...puxa, quanta nobreza, quanto respeito!)

“É mesmo? E o homem que não ama a mulher? Como faz quando trai?” Não aguentei e perguntei. Era o mínimo que podia fazer...rssr

“Ah, esse daí é sacana mesmo: humilha, maltrata e ainda põe defeito em tudo que a coitada faz. Perde toda a consideração. Critica, some, e ainda acha a mulher feia e claro, perde o tesão pela esposa!”

Fiquei chocada. "Que mundo é esse? Acho que vou morrer só...", pensei!

Sabe gente, talvez ela tenha até razão, mas depois desse diálogo esquisitíssimo, eu me pergunto: Será que já existe uma escala gradativa para a traição? Por acaso ela ganhou níveis de gravidade ou banalidade? Será que existe a traição mais séria, classificada como caso duradouro, a de brincadeira, a passageira, aquela por esporte ou aquela que “foi só uma curtição”? A da balada?

Olha, eu posso até estar enganada, velha e ultrapassada, mas para mim, TRAIÇÃO SERÁ SEMPRE TRAIÇÃO, sem gradações, sem porquês, sem delimitação temporal, pouco importando se foi só por um dia, ou por vários anos. A gravidade é a mesma. Os estragos idem. A ferida dói de qualquer jeito, a decepção marca da mesma forma e a recuperação para quem sofreu, se iludiu e se decepcionou, é lenta e gradativa. A experiência ensina, mas traumatiza e transforma para sempre, independentemente da “intensidade” do ato.

Assim como amor, sacanagem, desprezo e paixão, traição não tem tamanho, largura, grau e intensidade. E ponto final!

E sem mais palavras pessoal: PONTO FINAL MESMO!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Rompendo as amarras!


Oi Fá. Tenho vivido uma situação insuportável no meu casamento. Estou quase “enfiando o pé-na-jaca”. A única coisa que me impede de tomar uma decisão radical são meus filhos. Sou casada há 12 anos e tenho 37 anos. Casei apaixonada e amava o meu marido, mas já casada ele proibiu-me de trabalhar. E após a minha segunda gravidez, descobri que o mesmo mantinha um caso há pelo menos 1 ano com outra mulher. Depois que descobri a traição ele ainda continuou a relacionar-se com a outra por mais 1 ano. Quando soube desse caso, tudo se acabou e apenas permaneci casada porque não trabalhava e tinha um filho pequeno, recém-nascido, o que foi muito sofrido para mim. Temos dois filhos, um de 7 e outro de 3 anos. Durante esses doze anos fui uma típica dona de casa, sendo que minhas únicas funções eram cuidar da casa, dos filhos e dele. Mas aproximadamente há 1 ano resolvi enfrentá-lo e com muita dificuldade comecei a fazer faculdade de pedagogia, mas desde então minha vida virou um inferno: agora ele desenvolveu um ciúme doentio por mim, coloca defeitos em tudo em casa, implica com meus amigos e desconfia de mim o tempo todo, já tendo insinuado que tenho um caso com um colega meu de turma. Pedi que ele colocasse uma pessoa para trabalhar aqui em casa e me auxiliar com os serviços domésticos, mas ele alegou que não é necessário, pois não trabalho. Quero me separar, mas não sei o que fazer...


Minha querida, sua história é realmente comovente pois se trata de um exemplo de superação de adversidades. Quando você me relatou fiquei verdadeiramente emocionada com a sua coragem, pois a sua realidade espelha a situação de milhares de mulheres que vivem a sombra de um homem, que se enganam com a ilusão de um casamento perfeito e que por conta disso se tornam eternas reféns de uma união sem amor. E infelizmente a sociedade ainda consegue rotular e discriminar a mulher que se encontra nessa situação, considerando-a conformada, “encostada no marido”, “Amélia”, “vazia”, “preguiçosa”, simplesmente porque esta mulher optou em dedicar-se à casa, ao marido e aos filhos, renunciando a  uma carreira profissional. O seu caso é ainda muito mais grave: deparamos-nos com uma proibição imposta pelo companheiro, o que a reduz a uma condição de quase escrava do mesmo! Por mais que tente, não consigo imaginar o tamanho do seu sofrimento! É incrível como apesar de toda a emancipação feminina, ainda existem homens que entendem que o casamento os torna "donos" de suas mulheres, permitindo que eles proíbam ou permitam os rumos das suas vidas! No entanto, apesar de todos os seus problemas e decepções, já se vislumbra uma “luz no fim do túnel” em meio ao seu sofrimento: a sua faculdade! Observe que a sua “libertação” começa daí! Insista neste projeto, enfrente o que for necessário, mas continue nesse caminho. Brevemente você estará estagiando, logo, logo estará trabalhando e aos poucos conseguirá conquistar sua independência financeira. Em relação ao ciúme doentio e as desconfianças do seu marido, só posso te dizer que ele projeta em você um comportamento típico dele ou seja, por ter agido assim, de forma infiel e desleal, ele não consegue compreender uma outra forma de atitude, assim ele acredita que todas as pessoas serão capazes de agir como ele, inclusive você. Mas se isso não te causa danos de alguma espécie, isso é um problema dele! Se a situação se tornar insustentável, agravando-se dia após dia, comece a pensar em libertar-se de vez dessa realidade tão limitadora. No entanto, para “desencargo de consciência”, no decorrer da sua mudança de atitude, convide seu marido a mudar junto com você. Se ainda assim não conseguir o apoio dele, siga seu caminho, parta para outra mesmo, trate de criar seus filhos num ambiente digno e saudável e aposte, sobretudo na sua felicidade! Parabéns!