sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ficar só...

É uma arte que exige perícia, coragem e criatividade. Não existe fórmula nem receita a ser seguida. É desafiador e até um pouco assustador, mas como todos os desafios da vida, é recompensador dominar tudo aquilo que se coloca na nossa frente ao tomarmos essa estrada.

Poucos entendem, muitos tem pavor, mas outros até almejam, em razão dos muitos motivos que a vida nos impõe. 

Voluntaria ou involuntariamente nem sempre é confortável, mas uma vez superadas as dificuldades de praxe, pode ser sim uma experiência vantajosa e admirável.

É um direito, uma necessidade e jamais deve ser encarado como castigo, mas sim uma bela oportunidade de proporcionar autoconhecimento, autoanálise e profundas reflexões sobre quem somos.

Deve ser aproveitada de maneira racional e utilizada em benefício próprio, como forma de nos preparar e engrandecer para coisas muito melhores e significativas que virão em seguida.

E optar por esse caminho deve ser uma escolha racional, com hora para começar e também para acabar, pois como tudo o que é bom, pode se transformar em costume, o que não é recomendado.

Se você passa por isso agora, não tenha medo. O que virá em seguida certamente será muito melhor.

O amadurecimento, o discernimento, bem como as verdades enxergadas depois desse período te acompanharão pelo resto da vida. Te edificarão e te ensinarão a seguir caminhos sensatos, valorizar as coisas mais importantes que temos, a não desgastar energia com coisas pequenas, e finalmente a enxergar a vida de uma maneira mais profunda e transparente, sem ilusões.

Pode até doer, mas com certeza valerá a pena.

Porque a solidão pode até maltratar, mas também ensina.

Porque ser só não é uma cruz, nem castigo, nem sina. 

Porque é possível ser feliz mesmo sozinho, apesar das durezas da vida.

E sobretudo, porque quando se quer, conseguimos extrair de tudo que se vive as melhores lições, ainda que isso nos exija muito esforço e sofrimento.

Mas quando a vida assinalar, não pense duas vezes: nunca perca a oportunidade de compartilhar o que aprendeu nesse período com outra(s) pessoa(s), pois guardar somente para si o resultado desta jornada é bobagem, beirando o desperdício de vida!

E nessa hora muitas perguntas serão respondidas. E nesse momento, com certeza o "ficar só" talvez já não faça tanto sentido assim...!

Mas isso já é assunto para um outro post...! 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Falta de personalidade


Oi Fá! Eu e meu namorado estamos juntos há três anos. Ambos temos 28 anos e não temos filhos. Quando nos conhecemos, eu já trabalhava no meu atual emprego (sou enfermeira) e ele, que fazia faculdade de Direito, hoje já é advogado, pois foi aprovado no exame da OAB. O problema é que desde que ele foi contratado por um escritório de advocacia sua personalidade e seus hábitos começaram a mudar radicalmente: ele que antes era um rapaz humilde, "na dele", que gostava das coisas simples, assim como eu, que era feliz com o nosso estilo de vida pacato, afastado de baladas e festas, está arrogante, prepotente, com o "nariz empinado", trata todo mundo mal, é impaciente, mudou de amizades, passou a freqüentar lugares caros que criticava, a usar roupas de marca, perfumes importados, fala em ganhar muito dinheiro, comprar um carrão, vive jantando com o pessoal do trabalho, e o pior de tudo, tem me esnobado, não tem atendido as minhas ligações e passou a criticar tudo o que faço. Puxa, estou tão decepcionada e perdida, que não sei o fazer! Por favor, preciso de ajuda! 

Quanta pobreza de espírito desse seu namorado...! Cara anônima, que situação difícil a sua...! Posso imaginar a sua decepção ao perceber que essa pessoa com quem você convive há três anos tenha a personalidade assim tão fraca. Mas infelizmente, o que aconteceu com vocês é muito mais comum do que se imagina! Na realidade o que se passa com ele, nada mais é que aquilo que chamamos vulgarmente de "deslumbre", ou seja, o rapaz está literalmente deslumbrado e profundamente iludido com as suas novas descobertas, coitado! E digo que o mesmo é um coitado, pois na sua imaturidade, ele ainda não tem, não teve e talvez nem terá condições de aferir que está fazendo trocas equivocadas e que certamente irá se arrepender amargamente pela forma como tem encarado as recentes transformações na sua vida profissional e desconsiderado os bens imateriais que já possuía, nestes incluindo os amigos de antigamente, você e o relacionamento. É bom que você se prepare para outras surpresas bem desagradáveis, pois a partir do momento em que ele começa a criticar o seu jeito de ser, pode-se presumir que já existem outras novidades que ultrapassam o campo profissional e não se surpreenda se em bem pouco tempo ele resolver substituí-lá por outra mulher que faça parte deste mundo que agora ele acredita pertencer e valoriza tanto. Lamento profundamente pois não estamos falando de um garoto deslumbrado, mas sim de um "homem feito", com quase 30 anos, e isso é muito mais preocupante ainda, pois o mesmo já deveria ter com essa idade um senso de valor já consolidado, coisa que não se percebe no comportamento demonstrado por ele, que com certeza está tão cego que não percebe que status, dinheiro e trabalho são coisas transitórias e efêmeras, que não vão durar para sempre...! Eu sei que é difícil passar pelo que você está passando, mas tente seguir o meu conselho: reuna as suas forças e saia desta história o quanto antes. Antecipe-se. Mostre a esse rapaz o seu valor, bem como a mulher que você é. Não dê oportunidades para que ele lhe desvalorize, lhe despreze, lhe critique e por fim acabe com sua autoestima. Saia da relação de cabeça erguida, busque o apoio da família, dos amigos e do seu trabalho e mostre que neste contexto o maior perdedor é ele, que com certeza, em bem pouco tempo, seguindo este caminho, amargará a solidão e o desprezo das pessoas que ele feriu com a sua falta de personalidade, visão, sensibilidade, maturidade e consideração. E não se esqueça que a vida é uma roda...! 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Excesso de sinceridade pra que?


Hoje em dia ninguém mais tem paciência para mais nada, não é mesmo? E ninguém mais se preocupa com os efeitos que as suas palavras vão causar ao próximo.
A gente fala tanta coisa sem pensar, e acaba ferindo e magoando sem a mínima necessidade pessoas que amamos e até aquelas que nem conhecemos direito. E como todo mundo já têm problemas de sobra, eu me pergunto, qual a necessidade que temos em tornar o dia alheio mais "carregado" ainda, por conta do que falamos sem pensar. E o que ganhamos com isso, eu sinceramente não sei dizer...!
Mais isso é coisa de gente estressada e esquentadinha, que no calor das emoções acaba perdendo a cabeça, e vomitando no outro todo o resultado do seu descontrole através de palavras ácidas e pesadas. A sorte desse pessoal colérico é que eles já estão perdoados, pois não fazem mal a ninguém, geralmente servindo até de motivo de risos para quem presencia os seus espetáculos!
Ruim mesmo é uma outra categoria de gente, que age de maneira bem diferente dos esquentadinhos: eles são os excessivamente sinceros! Já ouviu falar? Já foi vitima de alguém assim? Como eles são? Como operam as suas maldades?
Pois bem: os excessivamente sinceros, como o próprio nome diz, revelam suas opiniões sem meias palavras, doa a quem doer. Dizem exatamente o que pensam, com uma clareza e frieza desconcertantes, mesmo que a opinião emitida vá maltratar, magoar, ou ferir o seu alvo. Mas para eles isso pouco importa!
Derrubam o humor da sua vitima tal como um trator, falando as suas "verdades" com um indisfarçável tom de critica (destrutiva) e superioridade e tamanha naturalidade, como se o que dissessem fosse a coisa mais óbvia e evidente do mundo!
A certeza em suas palavras visa mesmo é magoar, humilhar, rebaixar e entristecer vitima, que se sente totalmente desarmada e surpresa diante do ataque inesperado do excessivamente sincero.
Eles na realidade são maus e perversos e acreditam que agindo assim, estão aconselhando e consequentemente ajudando seu pobre alvo.
Mas não é nada disso! Na realidade escondem por detrás de suas palavras, toda sorte de piores sentimentos possíveis: geralmente têm baixa autoestima e inveja, até porque todos nós sabemos que aquele que tenta nos destruir de alguma forma, deseja (e muito!) possuir o que é nosso ou ocupar o nosso lugar!
Quando a vitima do excessivamente sincero tem sua autoestima elevada, "topar" com esse tipo de gente torna-se até uma experiência curiosa: ao se identificar a sua personalidade frágil e insegura, bem como a sua vontade quase doentia em ser quem somos ou ter o que nos pertence, colocá-los "no seu lugar", torna-se tarefa das mais fáceis!
O problema é quando elegem como alvo pessoas já fragilizadas e iludidas a respeito das suas verdadeiras intenções...aí o estrago pode ser grande, e o melhor a fazer é sair correndo!
Mas porque estou falando tudo isso? "Onde tudo isso se aplica ao meu relacionamento?", você pergunta.
É que muitas vezes, esse excesso de sinceridade também pode causar muitos estragos no relacionamento!
Olha só: se sua mulher passou o dia no salão de beleza, gastou o maior dinheirão, cortou as pontas dos cabelos, e te pergunta toda feliz se você a achou bonita, para que responder que "o seu cabelo está a mesma coisa"? Poxa, tenha santa paciência, rapaz...! Quanta maldade! Por outro lado, se o seu marido trocou as rodas do carro (tem alguma diferença mesmo? Rsrs) e se ele pergunta a sua opinião, para que dizer secamente que as novas e caríssimas rodas são idênticas as antigas e deixar o coitado espumando de raiva? Custa dizer que são lindas?
Policiar-se e mudar de atitude pode ser mais fácil que pensamos:
É você olhar para sua mulher, que após ter dado á luz, não tem tido tempo nem cabeça para se cuidar e mesmo assim dizer com todas as letras que ela nunca esteve tão linda; é dizer ao seu marido, no período das vacas magras, que aquele presente bem baratinho que ele te deu com toda dificuldade, foi o melhor que você ganhou em toda a sua vida...! É dizer que está deliciosa a comida feita com todo carinho (mesmo que não esteja tão boa assim, rss), por quem nos ama...!
E para os rapazes, nem preciso dizer que para a clássica pergunta "você acha que eu engordei?", só existe uma resposta possível: "NÃO!!!", e não se fala mais disso! Rsrsrsrsrsrs
E por acaso isso te torna vil, mentiroso ou falso? Claro que não! Com o tempo, você vai entender que acima da sinceridade existe algo que se chama "bom senso" e que as vezes dizer aquilo que o seu companheiro ou companheira quer ou precisa ouvir naquele momento é simplesmente uma outra maneira de se dizer "eu te amo"! 
Compreendeu?
Pense nisto, e seja feliz! 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O bebezão

Fá, acho que encontrei o homem da minha vida. Tenho 28 anos e ele 29 e estamos juntos há um ano e meio. Mas existe algo no meu relacionamento que realmente me incomoda: ele é extremamente mimado pelos pais! É filho único e tudo o que pede aos dois deve ser prontamente atendido. Não pode ouvir um "não", que é aquele "Deus-nos-acuda"! Se faço algo que o desagrada, ele instantaneamente muda e fica muito frio, chegando a passar mais de dois dias me ignorando! Quando ele fica doente, ele acha que a minha vida deve parar para que eu cuide dele, mas no dia que adoeci, ele me acusou de estar fazendo "corpo-mole" e só se convenceu de que eu estava realmente mal, quando fui hospitalizada e recebi o diagnóstico de apendicite. Fiquei muito magoada com tanta insensibilidade. Às vezes acho essas atitudes meio estranhas, por isso gostaria de saber a tua opinião. Obrigada!

Cara anônima, eu não posso prever o futuro mas lamento profundamente se este é realmente o "homem da sua vida", por isso, se fosse você, começaria a enxergar esse seu relacionamento com olhos mais realistas. Para ser sincera, acho até que você já se encarregou disto e com certeza, a fase da cegueira da paixão já acabou para você (graças a Deus!) que agora já está começando a enxergar os defeitos do seu amado! Felizmente (ou infelizmente), todas as idealizações que existiam até agora vão começar a desaparecer, sendo que este é um momento crucial da relação, pois agora tanto você como ele decidirão se o relacionamento é firme mesmo, ou apenas um passatempo. Agora  vocês começarão a ponderar se é isso o que querem, se vale a pena levar a diante o namoro e se vocês têm condições de conviverem de maneira harmoniosa, amorosa e dedicada um com o outro, apesar de todos os seus defeitos! Nesse ponto muitos decidem se casar enquanto outros casais inevitavelmente se separam! Por isso, observe bem essas atitudes do seu namorado. Particularmente acredito que pessoas com estas características, mimadas ao extremo cultivam dentro de si um egoísmo enorme, quase doentio e que devido ao seu egoísmo, jamais conseguirão se doar completamente ao outro, e por estarem eternamente insatisfeitas, exigirão do parceiro mais e mais, tornando a convivência a dois algo insuportável! Para terminar, vou ser bem direta: é normal um homem de 29 anos ainda ser tratado assim pelos pais? NÃO! É normal que o mesmo fique zangadinho sempre que for contrariado? NÃO! É normal que ele te trate com tanta frieza e indiferença por motivos banais? NÃO! E finalmente, é aceitável que um homem não se sensibilize quando a sua própria mulher fica doente??? Eu não preciso nem responder, não é? Olha, preste atenção. Abra bem os seus olhos e se coloque em primeiro lugar nesta história para não ser surpreendida de maneira desagradável e sofrer maiores decepções! E não se esqueça: por mais que você o ame, ele não vai mudar por sua causa!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Às vezes o que parece ruim pode ser muito bom!


Nenhum de nós está preparado para o sofrimento e nem tão pouco imune ao mesmo. Pode observar: por mais que estejamos conscientes da iminência de uma situação de sofrimento, por vezes inadiável, como quando acontece na ocasião do falecimento de uma pessoa querida que já padecia há tempos de uma doença fatal, ou daquele dia da assinatura do divórcio, ainda que a convivência com o ex-companheiro já estivesse acabado há muito tempo...não tem jeito, apesar de estarmos racionalmente preparados, o sofrimento extrapola qualquer razão.

Mas sofremos do mesmo jeito, mesmo sabendo que nestas circunstâncias, outros caminhos não poderiam ser percorridos...é a vida, não é?

O sofrimento, dizem os cientistas, deixa sequelas, inclusive físicas! Através da observação do comportamento humano, já comprovaram que causa uma série de abalos emocionais e físicos. Assim, sofrer dói na carne, tira o fôlego, perturba o sono, prejudica a concentração, acaba com o apetite e com a autoestima.

E não escolhe classe social, nem raça: ricos, pobres, brancos, negros, índios...não adianta, todo mundo sofre!

E acredite, neste exato momento tem muita gente por aí, espalhada pelo mundo, sofrendo como você, seja pelo mesmo motivo que o seu ou por outro mais ou menos severo. E quando a gente sofre, parece que aquele sentimento dolorido não vai acabar nunca!

Mas acaba, pode acreditar.

Quantas lições aprendemos com o sofrimento! E que pessoa espetacular renascerá dele!

E é justamente por isso que em meio ao sofrimento, apesar da dor, da angústia, da tristeza, da decepção e do desapontamento, podemos ter certeza de que as coisas que nos acontecem ainda podem ser muito proveitosas num momento futuro, sabia?

A vida nos mostra exatamente isso: O casamento acabou? No próximo você não se anulará como estava fazendo neste! Perdeu o emprego? Aproveite para reavaliar a sua postura profissional e vá fazer uma reciclagem, ou um novo curso. Perdeu o vôo? Daí em diante você se programará e sempre chegará com a antecedência necessária aos seus compromissos! Foi traído? Aprenda a confiar mais na sua intuição. Abra os olhos, fique esperto! Sofreu um desconto inesperado no salário? Só assim você aprende a poupar para uma eventualidade!

Eu não quero dizer aqui, que sempre que coisas ruins ocorrem automaticamente coisas boas acontecerão na sua vida, como num passe de mágica, longe disso!

Mas a lição que se aprende com o sofrimento é que até nas situações mais críticas da nossa vida, tudo tem o seu lado compensador numa espécie de aprendizado que implica numa mudança de atitude, graças à Deus, e que aquilo que um dia foi um  “bicho-de-sete-cabeças”, era na verdade a chave da sua libertação! Já pensou nisso???

Por isso, a partir de agora, procure olhar para o seu sofrimento de uma outra forma, com outros olhos.

Quem sabe você não esta se libertando de alguém, uma situação ou um hábito que não lhe faz bem, ou que não te traz felicidade?

Eu sei que é difícil agora, mas quando a sua dor passar, analise o seu sofrimento de forma mais crítica e realista, e com certeza, você terá uma boa surpresa, pode postar!