sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ficar só...

É uma arte que exige perícia, coragem e criatividade. Não existe fórmula nem receita a ser seguida. É desafiador e até um pouco assustador, mas como todos os desafios da vida, é recompensador dominar tudo aquilo que se coloca na nossa frente ao tomarmos essa estrada.

Poucos entendem, muitos tem pavor, mas outros até almejam, em razão dos muitos motivos que a vida nos impõe. 

Voluntaria ou involuntariamente nem sempre é confortável, mas uma vez superadas as dificuldades de praxe, pode ser sim uma experiência vantajosa e admirável.

É um direito, uma necessidade e jamais deve ser encarado como castigo, mas sim uma bela oportunidade de proporcionar autoconhecimento, autoanálise e profundas reflexões sobre quem somos.

Deve ser aproveitada de maneira racional e utilizada em benefício próprio, como forma de nos preparar e engrandecer para coisas muito melhores e significativas que virão em seguida.

E optar por esse caminho deve ser uma escolha racional, com hora para começar e também para acabar, pois como tudo o que é bom, pode se transformar em costume, o que não é recomendado.

Se você passa por isso agora, não tenha medo. O que virá em seguida certamente será muito melhor.

O amadurecimento, o discernimento, bem como as verdades enxergadas depois desse período te acompanharão pelo resto da vida. Te edificarão e te ensinarão a seguir caminhos sensatos, valorizar as coisas mais importantes que temos, a não desgastar energia com coisas pequenas, e finalmente a enxergar a vida de uma maneira mais profunda e transparente, sem ilusões.

Pode até doer, mas com certeza valerá a pena.

Porque a solidão pode até maltratar, mas também ensina.

Porque ser só não é uma cruz, nem castigo, nem sina. 

Porque é possível ser feliz mesmo sozinho, apesar das durezas da vida.

E sobretudo, porque quando se quer, conseguimos extrair de tudo que se vive as melhores lições, ainda que isso nos exija muito esforço e sofrimento.

Mas quando a vida assinalar, não pense duas vezes: nunca perca a oportunidade de compartilhar o que aprendeu nesse período com outra(s) pessoa(s), pois guardar somente para si o resultado desta jornada é bobagem, beirando o desperdício de vida!

E nessa hora muitas perguntas serão respondidas. E nesse momento, com certeza o "ficar só" talvez já não faça tanto sentido assim...!

Mas isso já é assunto para um outro post...! 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Falta de personalidade


Oi Fá! Eu e meu namorado estamos juntos há três anos. Ambos temos 28 anos e não temos filhos. Quando nos conhecemos, eu já trabalhava no meu atual emprego (sou enfermeira) e ele, que fazia faculdade de Direito, hoje já é advogado, pois foi aprovado no exame da OAB. O problema é que desde que ele foi contratado por um escritório de advocacia sua personalidade e seus hábitos começaram a mudar radicalmente: ele que antes era um rapaz humilde, "na dele", que gostava das coisas simples, assim como eu, que era feliz com o nosso estilo de vida pacato, afastado de baladas e festas, está arrogante, prepotente, com o "nariz empinado", trata todo mundo mal, é impaciente, mudou de amizades, passou a freqüentar lugares caros que criticava, a usar roupas de marca, perfumes importados, fala em ganhar muito dinheiro, comprar um carrão, vive jantando com o pessoal do trabalho, e o pior de tudo, tem me esnobado, não tem atendido as minhas ligações e passou a criticar tudo o que faço. Puxa, estou tão decepcionada e perdida, que não sei o fazer! Por favor, preciso de ajuda! 

Quanta pobreza de espírito desse seu namorado...! Cara anônima, que situação difícil a sua...! Posso imaginar a sua decepção ao perceber que essa pessoa com quem você convive há três anos tenha a personalidade assim tão fraca. Mas infelizmente, o que aconteceu com vocês é muito mais comum do que se imagina! Na realidade o que se passa com ele, nada mais é que aquilo que chamamos vulgarmente de "deslumbre", ou seja, o rapaz está literalmente deslumbrado e profundamente iludido com as suas novas descobertas, coitado! E digo que o mesmo é um coitado, pois na sua imaturidade, ele ainda não tem, não teve e talvez nem terá condições de aferir que está fazendo trocas equivocadas e que certamente irá se arrepender amargamente pela forma como tem encarado as recentes transformações na sua vida profissional e desconsiderado os bens imateriais que já possuía, nestes incluindo os amigos de antigamente, você e o relacionamento. É bom que você se prepare para outras surpresas bem desagradáveis, pois a partir do momento em que ele começa a criticar o seu jeito de ser, pode-se presumir que já existem outras novidades que ultrapassam o campo profissional e não se surpreenda se em bem pouco tempo ele resolver substituí-lá por outra mulher que faça parte deste mundo que agora ele acredita pertencer e valoriza tanto. Lamento profundamente pois não estamos falando de um garoto deslumbrado, mas sim de um "homem feito", com quase 30 anos, e isso é muito mais preocupante ainda, pois o mesmo já deveria ter com essa idade um senso de valor já consolidado, coisa que não se percebe no comportamento demonstrado por ele, que com certeza está tão cego que não percebe que status, dinheiro e trabalho são coisas transitórias e efêmeras, que não vão durar para sempre...! Eu sei que é difícil passar pelo que você está passando, mas tente seguir o meu conselho: reuna as suas forças e saia desta história o quanto antes. Antecipe-se. Mostre a esse rapaz o seu valor, bem como a mulher que você é. Não dê oportunidades para que ele lhe desvalorize, lhe despreze, lhe critique e por fim acabe com sua autoestima. Saia da relação de cabeça erguida, busque o apoio da família, dos amigos e do seu trabalho e mostre que neste contexto o maior perdedor é ele, que com certeza, em bem pouco tempo, seguindo este caminho, amargará a solidão e o desprezo das pessoas que ele feriu com a sua falta de personalidade, visão, sensibilidade, maturidade e consideração. E não se esqueça que a vida é uma roda...! 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Excesso de sinceridade pra que?


Hoje em dia ninguém mais tem paciência para mais nada, não é mesmo? E ninguém mais se preocupa com os efeitos que as suas palavras vão causar ao próximo.
A gente fala tanta coisa sem pensar, e acaba ferindo e magoando sem a mínima necessidade pessoas que amamos e até aquelas que nem conhecemos direito. E como todo mundo já têm problemas de sobra, eu me pergunto, qual a necessidade que temos em tornar o dia alheio mais "carregado" ainda, por conta do que falamos sem pensar. E o que ganhamos com isso, eu sinceramente não sei dizer...!
Mais isso é coisa de gente estressada e esquentadinha, que no calor das emoções acaba perdendo a cabeça, e vomitando no outro todo o resultado do seu descontrole através de palavras ácidas e pesadas. A sorte desse pessoal colérico é que eles já estão perdoados, pois não fazem mal a ninguém, geralmente servindo até de motivo de risos para quem presencia os seus espetáculos!
Ruim mesmo é uma outra categoria de gente, que age de maneira bem diferente dos esquentadinhos: eles são os excessivamente sinceros! Já ouviu falar? Já foi vitima de alguém assim? Como eles são? Como operam as suas maldades?
Pois bem: os excessivamente sinceros, como o próprio nome diz, revelam suas opiniões sem meias palavras, doa a quem doer. Dizem exatamente o que pensam, com uma clareza e frieza desconcertantes, mesmo que a opinião emitida vá maltratar, magoar, ou ferir o seu alvo. Mas para eles isso pouco importa!
Derrubam o humor da sua vitima tal como um trator, falando as suas "verdades" com um indisfarçável tom de critica (destrutiva) e superioridade e tamanha naturalidade, como se o que dissessem fosse a coisa mais óbvia e evidente do mundo!
A certeza em suas palavras visa mesmo é magoar, humilhar, rebaixar e entristecer vitima, que se sente totalmente desarmada e surpresa diante do ataque inesperado do excessivamente sincero.
Eles na realidade são maus e perversos e acreditam que agindo assim, estão aconselhando e consequentemente ajudando seu pobre alvo.
Mas não é nada disso! Na realidade escondem por detrás de suas palavras, toda sorte de piores sentimentos possíveis: geralmente têm baixa autoestima e inveja, até porque todos nós sabemos que aquele que tenta nos destruir de alguma forma, deseja (e muito!) possuir o que é nosso ou ocupar o nosso lugar!
Quando a vitima do excessivamente sincero tem sua autoestima elevada, "topar" com esse tipo de gente torna-se até uma experiência curiosa: ao se identificar a sua personalidade frágil e insegura, bem como a sua vontade quase doentia em ser quem somos ou ter o que nos pertence, colocá-los "no seu lugar", torna-se tarefa das mais fáceis!
O problema é quando elegem como alvo pessoas já fragilizadas e iludidas a respeito das suas verdadeiras intenções...aí o estrago pode ser grande, e o melhor a fazer é sair correndo!
Mas porque estou falando tudo isso? "Onde tudo isso se aplica ao meu relacionamento?", você pergunta.
É que muitas vezes, esse excesso de sinceridade também pode causar muitos estragos no relacionamento!
Olha só: se sua mulher passou o dia no salão de beleza, gastou o maior dinheirão, cortou as pontas dos cabelos, e te pergunta toda feliz se você a achou bonita, para que responder que "o seu cabelo está a mesma coisa"? Poxa, tenha santa paciência, rapaz...! Quanta maldade! Por outro lado, se o seu marido trocou as rodas do carro (tem alguma diferença mesmo? Rsrs) e se ele pergunta a sua opinião, para que dizer secamente que as novas e caríssimas rodas são idênticas as antigas e deixar o coitado espumando de raiva? Custa dizer que são lindas?
Policiar-se e mudar de atitude pode ser mais fácil que pensamos:
É você olhar para sua mulher, que após ter dado á luz, não tem tido tempo nem cabeça para se cuidar e mesmo assim dizer com todas as letras que ela nunca esteve tão linda; é dizer ao seu marido, no período das vacas magras, que aquele presente bem baratinho que ele te deu com toda dificuldade, foi o melhor que você ganhou em toda a sua vida...! É dizer que está deliciosa a comida feita com todo carinho (mesmo que não esteja tão boa assim, rss), por quem nos ama...!
E para os rapazes, nem preciso dizer que para a clássica pergunta "você acha que eu engordei?", só existe uma resposta possível: "NÃO!!!", e não se fala mais disso! Rsrsrsrsrsrs
E por acaso isso te torna vil, mentiroso ou falso? Claro que não! Com o tempo, você vai entender que acima da sinceridade existe algo que se chama "bom senso" e que as vezes dizer aquilo que o seu companheiro ou companheira quer ou precisa ouvir naquele momento é simplesmente uma outra maneira de se dizer "eu te amo"! 
Compreendeu?
Pense nisto, e seja feliz! 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O bebezão

Fá, acho que encontrei o homem da minha vida. Tenho 28 anos e ele 29 e estamos juntos há um ano e meio. Mas existe algo no meu relacionamento que realmente me incomoda: ele é extremamente mimado pelos pais! É filho único e tudo o que pede aos dois deve ser prontamente atendido. Não pode ouvir um "não", que é aquele "Deus-nos-acuda"! Se faço algo que o desagrada, ele instantaneamente muda e fica muito frio, chegando a passar mais de dois dias me ignorando! Quando ele fica doente, ele acha que a minha vida deve parar para que eu cuide dele, mas no dia que adoeci, ele me acusou de estar fazendo "corpo-mole" e só se convenceu de que eu estava realmente mal, quando fui hospitalizada e recebi o diagnóstico de apendicite. Fiquei muito magoada com tanta insensibilidade. Às vezes acho essas atitudes meio estranhas, por isso gostaria de saber a tua opinião. Obrigada!

Cara anônima, eu não posso prever o futuro mas lamento profundamente se este é realmente o "homem da sua vida", por isso, se fosse você, começaria a enxergar esse seu relacionamento com olhos mais realistas. Para ser sincera, acho até que você já se encarregou disto e com certeza, a fase da cegueira da paixão já acabou para você (graças a Deus!) que agora já está começando a enxergar os defeitos do seu amado! Felizmente (ou infelizmente), todas as idealizações que existiam até agora vão começar a desaparecer, sendo que este é um momento crucial da relação, pois agora tanto você como ele decidirão se o relacionamento é firme mesmo, ou apenas um passatempo. Agora  vocês começarão a ponderar se é isso o que querem, se vale a pena levar a diante o namoro e se vocês têm condições de conviverem de maneira harmoniosa, amorosa e dedicada um com o outro, apesar de todos os seus defeitos! Nesse ponto muitos decidem se casar enquanto outros casais inevitavelmente se separam! Por isso, observe bem essas atitudes do seu namorado. Particularmente acredito que pessoas com estas características, mimadas ao extremo cultivam dentro de si um egoísmo enorme, quase doentio e que devido ao seu egoísmo, jamais conseguirão se doar completamente ao outro, e por estarem eternamente insatisfeitas, exigirão do parceiro mais e mais, tornando a convivência a dois algo insuportável! Para terminar, vou ser bem direta: é normal um homem de 29 anos ainda ser tratado assim pelos pais? NÃO! É normal que o mesmo fique zangadinho sempre que for contrariado? NÃO! É normal que ele te trate com tanta frieza e indiferença por motivos banais? NÃO! E finalmente, é aceitável que um homem não se sensibilize quando a sua própria mulher fica doente??? Eu não preciso nem responder, não é? Olha, preste atenção. Abra bem os seus olhos e se coloque em primeiro lugar nesta história para não ser surpreendida de maneira desagradável e sofrer maiores decepções! E não se esqueça: por mais que você o ame, ele não vai mudar por sua causa!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Às vezes o que parece ruim pode ser muito bom!


Nenhum de nós está preparado para o sofrimento e nem tão pouco imune ao mesmo. Pode observar: por mais que estejamos conscientes da iminência de uma situação de sofrimento, por vezes inadiável, como quando acontece na ocasião do falecimento de uma pessoa querida que já padecia há tempos de uma doença fatal, ou daquele dia da assinatura do divórcio, ainda que a convivência com o ex-companheiro já estivesse acabado há muito tempo...não tem jeito, apesar de estarmos racionalmente preparados, o sofrimento extrapola qualquer razão.

Mas sofremos do mesmo jeito, mesmo sabendo que nestas circunstâncias, outros caminhos não poderiam ser percorridos...é a vida, não é?

O sofrimento, dizem os cientistas, deixa sequelas, inclusive físicas! Através da observação do comportamento humano, já comprovaram que causa uma série de abalos emocionais e físicos. Assim, sofrer dói na carne, tira o fôlego, perturba o sono, prejudica a concentração, acaba com o apetite e com a autoestima.

E não escolhe classe social, nem raça: ricos, pobres, brancos, negros, índios...não adianta, todo mundo sofre!

E acredite, neste exato momento tem muita gente por aí, espalhada pelo mundo, sofrendo como você, seja pelo mesmo motivo que o seu ou por outro mais ou menos severo. E quando a gente sofre, parece que aquele sentimento dolorido não vai acabar nunca!

Mas acaba, pode acreditar.

Quantas lições aprendemos com o sofrimento! E que pessoa espetacular renascerá dele!

E é justamente por isso que em meio ao sofrimento, apesar da dor, da angústia, da tristeza, da decepção e do desapontamento, podemos ter certeza de que as coisas que nos acontecem ainda podem ser muito proveitosas num momento futuro, sabia?

A vida nos mostra exatamente isso: O casamento acabou? No próximo você não se anulará como estava fazendo neste! Perdeu o emprego? Aproveite para reavaliar a sua postura profissional e vá fazer uma reciclagem, ou um novo curso. Perdeu o vôo? Daí em diante você se programará e sempre chegará com a antecedência necessária aos seus compromissos! Foi traído? Aprenda a confiar mais na sua intuição. Abra os olhos, fique esperto! Sofreu um desconto inesperado no salário? Só assim você aprende a poupar para uma eventualidade!

Eu não quero dizer aqui, que sempre que coisas ruins ocorrem automaticamente coisas boas acontecerão na sua vida, como num passe de mágica, longe disso!

Mas a lição que se aprende com o sofrimento é que até nas situações mais críticas da nossa vida, tudo tem o seu lado compensador numa espécie de aprendizado que implica numa mudança de atitude, graças à Deus, e que aquilo que um dia foi um  “bicho-de-sete-cabeças”, era na verdade a chave da sua libertação! Já pensou nisso???

Por isso, a partir de agora, procure olhar para o seu sofrimento de uma outra forma, com outros olhos.

Quem sabe você não esta se libertando de alguém, uma situação ou um hábito que não lhe faz bem, ou que não te traz felicidade?

Eu sei que é difícil agora, mas quando a sua dor passar, analise o seu sofrimento de forma mais crítica e realista, e com certeza, você terá uma boa surpresa, pode postar!






domingo, 28 de outubro de 2012

Casamento não é mole não!


Oi Fá! Estou escrevendo porque estou muito desiludida com meu casamento. Tenho 24 anos e meu marido 28. Somos daqui de São Luís. Namoramos por 04 anos e estamos casados há apenas 01 ano. Durante o namoro saíamos muito, viajávamos, jantávamos fora, íamos para as baladas, mas desde que nos casamos, tudo mudou. Nossa vida caiu numa rotina terrível. Chegamos do trabalho acabados e não temos vontade de fazer nada. Jantamos e deitamos na cama, assistimos TV e nada...! Nós não temos forças nem para brigar. Geralmente conversamos sobre como foi o dia, o que fizemos, e só! Antes do casamento nossa vida sexual era bem movimentada e quase todo dia transávamos, mas agora que casamos, tudo se resume em trabalhar, comer e dormir...Se hoje transamos 4 vezes por semana, é quase um milagre! Já conversei com meu marido, que por sinal é uma ótima pessoa, mas ele acha engraçado e sempre diz que “casamento é assim mesmo”. Sinceramente eu não posso acreditar nisso, pois se soubesse que as coisas iriam mudar assim depois do casamento, preferiria ser namorada para sempre! O que devo fazer???


Calma, deixa eu parar de sorrir..rsrsrsrsrsrsr...Minha querida, seja bem-vinda ao maravilhoso mundo do casamento! rsrsrsrsrsr...Mas agora falando sério: o que você está passando é algo previsível e mais comum do que se possa imaginar! Acho que 99,99% das pessoas que se casam passam pela mesma situação. Casamento não é mole, não minha filha! Essa fase boa do namoro, com baladas, jantares, viagens, pode continuar depois do casamento, é claro que sim! Acontece que agora vocês têm que planejar, dividir, racionalizar os gastos e trabalhar muito para pagar contas, a festa de casamento, poupar um dinheirinho, pagar os móveis da casa nova, a casa se ainda por cima quiser sustentar esses pequenos luxos, bem típicos dessa fase light, que se chama “namoro” e que você tanto aprecia! Vida de casado não é fácil, não: é rotina mesmo, é saber contornar esse tipo de situação e entender que amor não é tudo, mas que sem ele, você não termina o primeiro ano de casada, porque o choque de realidade entre o antes do casamento e o depois é tão grande, que os sonhos, as projeções e idealizações caem por terra rapidinho, rapidinho! É por isso que casar-se é o grande teste do amor, porque é só depois do casamento que o amor se confirma através das duras provas às quais ele é submetido: perda da intimidade, rotina, manias, falta de dinheiro, cansaço físico, brigas. E isso tudo é porque ainda não falei do sexo! Por favor, não espere do seu marido aquilo que você não pode dar a ele! Será que você ainda tem mesmo toda essa disposição de cinco, seis anos atrás, quando ainda estavam se conhecendo, para transar quase todo dia ??? Duvido!!! Olha minha querida, eu não queria ser dura com você, não, mas agradeça à Deus se você e seu marido transam 4 vezes por semana!!! Isso é um luxo para muitos casais!!! E ele merece um prêmio, pois é boa gente (como você disse), é trabalhador, tem uma performance invejável (4 vezes por semana depois de seis anos, tem certeza???) e ainda sorri de tudo, depois de ouvir todas as suas lamúrias ao fim de um dia cansativo de trabalho! O que mais você quer da vida??? Meu conselho: procure trabalhar mais para colocar dinheiro dentro de casa e ocupe sua cabeça com coisas úteis pois isso vai te ajudar a focar em objetivos reais. Reserve os finais de semana para fazerem o que gostam, saiam, comprem plantas para a casa, visitem os amigos, cuide bem do seu marido, faça uma comidinha bacana para o jantar, faça mais amor e reclame menos da vida, ok? Sucesso!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A volta por cima



Essa vida andou te maltratando. Teve uma hora até que você pensou em desistir. Em alguns dias de maior desespero você pensou em jogar tudo para o alto, desacreditou de tudo, se sentiu profundamente injustiçado e até esquecido por Deus. Você se perguntava a todo momento o que tinha feito para merecer tamanha provação!Logo você, que sempre foi bom pai, marido, boa esposa, mãe excelente, filha ou filho dedicado, “mas nada disso adiantou...!”, pensava.

A cada amanhecer você se questionava se realmente valeria a pena levantar da cama. E em algumas ocasiões realmente quase não teve forças, necessitando de alguma mão amiga para te auxiliar. E na hora das refeições a fome não contribuía e a vontade de deixar tudo no prato era muito maior.

Nessa ocasião o trabalho ficou prejudicado, totalmente esquecido em segundo plano. Você decidiu “ligar o piloto automático”, contentando-se em fazer o básico, enquanto não recuperava as forças para dar o melhor de si. Quem sabe não conversou com o chefe, a fim de explicar a situação e sua impossibilidade de ser o mesmo de sempre. E quem sabe tenha até sido compreendido...graças a Deus!

A casa ficou meio bagunçada. Você realmente não fazia tanta questão em arrumá-la. As louças se multiplicaram na pia, a poeira pelos cantos, a colcha da cama permanecia intacta, ou não. Você poderia deitar-se em qualquer canto da casa mesmo...isso não tinha mínima importância.

Os amigos e a família, assim como o pessoal do trabalho, todos ficaram preocupados. Não, você não era assim...aquele simplesmente não era você: descuidado da aparência, calado, pensativo. O olhar perdido, bem mais magro, e até sofrido...não...aquele definitivamente não podia ser você, mas era...infelizmente.

A hora de dormir era a pior de todas. Assim que apagava a luz, uma enxurrada de pensamentos misturados e confusos invadia a sua mente em meio a escuridão do quarto. Chorava baixinho e finalmente dormia exausto, até porque quando a insônia permitia, a tristeza cansava, e te consumia!

Mas o tempo passou e com ele as coisas aos poucos voltaram a recuperar suas cores: um belo dia você se olhou no espelho e se achou tão envelhecido...como pode ter acontecido assim tão rápido?

E naquele dia, tomou um banho demorado, escolheu uma roupa com cuidado. Decidiu passear, tomar um sol ou fazer uma caminhada. Sem perceber, até sorriu de uma piada e para seu espanto, conseguiu compartilhá-la com os amigos! E gargalhou como sempre fez!

E a gargalhada até te fez pensar: "Será que já estou curado...?"

Voltou a se arrumar, melhorou a aparência, arrumou a casa, retornou às suas atividades cotidianas, passou a agradecer a Deus por cada dia de luta, de trabalho, encontrou um novo amor, um novo emprego, recuperou-se da doença, da perda do ente querido ou dos seus bens materiais, superou aquele que  foi o maior desafio da sua vida e aprendeu a lição de superação e fé que só ela e o sofrimento são capazes de nos ensinar, e compreendeu sobretudo que apesar de todas as dores, tristezas e sofrimentos que passamos, fomos feitos para resistir, nunca desistir e finalmente acreditar que não existe neste mundo nenhuma sensação melhor e mais recompensadora que a satisfação em dar a volta por cima!

sábado, 20 de outubro de 2012

Namorado bipolar?


Oi Fá!!! Meu namorado e eu estamos juntos há 3 anos, tenho 45 anos e ele 43. Nesses 3 anos de convivência temos enfrentado muitos altos e baixos por conta do comportamento dele que é muito inconstante. Às vezes acho que ele é bipolar pois seu humor muda de repente. Uma hora me trata muito bem, em outras ocasiões é extremamente grosseiro comigo. Já rompemos várias vezes (mais de 10!!!!), e quando isso acontece ele nunca fica sozinho, pois sempre arruma alguma balada e companhia para sair. Eu sempre descubro pois as pessoas correm para me contar com quem ele saiu e onde o viram durante o período dos rompimentos. Quando voltamos e pergunto a respeito ele nega dizendo que foi só passatempo sem importância, mas pouco tempo depois acontece tudo de novo. O pior é que ele sempre fica com mulheres bem mais jovens que eu (na faixa dos 20 a 25 anos) e isso me magoa profundamente...será que ele é mesmo bipolar? Será que não me ama mais? O que posso fazer para não perde-lo?

Prezada anônima, antes de escrever qualquer coisa, seria interessante que você mesma fizesse uma analise se perguntasse até que ponto vale a pena manter um relacionamento nesses termos. Observe bem a situação: em três anos você relata que já romperam mais de dez vezes e nessas ocasiões ele sempre encontra companhia nas baladas, geralmente de mulheres (mulheres nada, meninas!) muito mais jovens que você...nossa, eu fico imaginando como você consegue agüentar tantas idas e vindas em tão pouco tempo? Isso sem falar das grosserias e do stress que você sofre a cada rompimento...Mas já que você pediu a minha opinião, vou ser sincera: esse homem não ama você, minha querida! E creio que você desconfia disso, e só não quer abandonar este "relacionamento" por medo da solidão, não é mesmo? Tenho certeza que sim, principalmente pelo fato de que a cada rompimento, sua auto-estima vai ficando cada vez menor e você fica se sentindo cada vez mais incapaz de se ver livre deste "encosto" que existe na sua vida! Outra coisa: eu não sou psiquiatra para responder com propriedade, mas pare de se iludir achando que este homem é "bipolar", até porque o transtorno bipolar é uma doença em que os altos e baixos são caracterizados por períodos de intensa euforia seguidos de períodos de depressão. Diferentemente do seu namorado, que quando não está lhe dando patadas, fica na balada com outras mulheres, se divertindo e lhe expondo, sem demonstrar o mínimo interesse em ser reservado ou discreto para lhe preservar de fofocas, boatos e comentários maldosos. Finalmente você pergunta o que deve fazer para não perdê-lo, e eu lhe pergunto também: será que você realmente tem esse homem? Mulher, pelo amor de Deus, preste atenção no que você está fazendo com a sua vida!!! O tempo passa rápido demais e esta história já lhe fez perder 3 preciosos anos da sua vida! Observe as atitudes deste sujeito e saiba que quando um homem ama uma mulher, o mínimo que ele pode fazer é respeitá-la, coisa que não se observa no comportamento do seu namorado. Pense no seu futuro e em você e entenda que você não precisa se contentar com as migalhas dadas por ninguém, muito menos por um namorado. Acredite sinceramente que você é muito melhor que ele e merece muito mais que isso!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DINHEIRO & SEXO


É impressionante, mas existem muitos homens que ainda acreditam que uma relação pode ser alimentada e mantida, com apenas dois componentes básicos: dinheiro e sexo. E com todo respeito que tenho pela categoria e suas representantes, não estou falando de prostituição, não! Tem muito marido e namorado que trata as suas respectivas esposas e namoradas desse jeito, achando que, pagando contas, comprando presentes, proporcionando luxos e satisfazendo sexualmente a mulher, já os deixa “em dias” com suas obrigações enquanto homens dentro de um relacionamento...Grande engano!

É realmente complicada a situação do homem que pensa assim, pois obviamente ele ainda não conseguiu enxergar o verdadeiro valor da sua companheira, nem tão pouco a sua relevância enquanto parceiro dentro da relação. Comportando-se desta forma, ele a coloca num patamar bem inferior ao seu ao acreditar que sua mulher, por estar “satisfeita” material e sexualmente nada mais tem a lhe exigir, ou pior ainda, entendendo que a mesma deve contentar-se com aquilo que lhe é oferecido, sem nada mais poder esperar de si!

Mas calma aí! Essa “fórmula” pode ter surtido efeito por muito tempo e é claro que encontraremos por aí muitas e muitas mulheres que buscam de um homem apenas o binômio “DINHEIRO + SEXO”, mas quando ele passa a acreditar que este comportamento é típico do sexo feminino, infelizmente está assinando a sua sentença perpétua de infelicidade e solidão!

Eu digo isso porque na medida em que um homem coloca um “preço” na sua mulher, ele mesmo acaba declarando publicamente que seu valor é bem inferior àquele atribuído a ela, concordam? É que esse tipo de atitude tão somente denota sua falta de inteligência e incapacidade em perceber que ainda seja o mais rico e o mais viril dos homens, se não possuir caráter para respeitar nem amar a sua companheira, ele não valerá absolutamente NADA para ela!

Até porque nós mulheres não somos objetos, nem bonecas que precisam desse tipo de “bateria” para funcionarmos bem, nem “bichinhos de estimação”, que bem alimentadas “abanarão o rabinho” para os seus donos, satisfazendo as suas vontades e contentando-se apenas com jantares, presentes, viagens e sexo burocrático, sem nada mais podermos esperar de uma relação.

Seria interessante que esse tipo de homem observasse alguns aspectos do moderno comportamento feminino. Primeiramente, faz tempo que conseguimos a nossa emancipação: nós trabalhamos, ganhamos o nosso dinheiro, moramos sós, sustentamos uma casa, criando os nossos filhos, muitas vezes sozinhas, sem a ajuda dos seus pais, logo, não precisamos de um homem que nos mantenha, uma vez que já fazemos isso! E  tem mais: Não somos burras e nem queremos ser exploradas. Nos contentamos apenas com homens responsáveis e companheiros, que saibam dividir responsabilidades e felicidade!

Além do mais, sentimento e respeito não podem ser comprados. De jeito nenhum! Da mesma forma que você não ama nem respeita a sua mulher, dinheiro e sexo jamais vão garantir que você receba tais sentimentos de volta. Já pensou nisso? Aposto que não!

Um relacionamento de verdade precisa de tantas outras coisas para vingar: Uma boa conversa, cumplicidade, entendimento, renúncia, desprendimento, companheirismo, respeito, pois com o passar do tempo, o sexo, apesar da sua grande importância na relação, acaba ocupando uma posição secundária na vida do casal e isso é plenamente natural com a maturidade. Quando esse momento chega, relacionamentos construídos tendo como base somente a atração física, naufragam com uma rapidez impressionante!

Quanto ao dinheiro, nem preciso dizer que às vezes ele acaba, né? E nessa hora, aquele homem que fatalmente se encontrará fragilizado pelas perdas materiais, necessitando de apoio e compreensão da sua companheira, com certeza experimentará o sentimento de abandono e indiferença de uma mulher que visa na relação somente os prazeres que o dinheiro podem lhe dar. Até porque meus queridos, vamos combinar: somente o amor sólido e verdadeiro, faz com que permaneçamos unidos nos momentos das dificuldades financeiras de um casal, isso é fato e verdadeira prova de fogo!

Portanto companheiro, a escolha é sua. É você quem sabe qual caminho lhe trará mais satisfação. É comum vermos homens que optaram por uma vida de farras, prazeres ilusórios, garantidos a custa de muitos gastos com mulheres, presentes e outros luxos. Que tiveram em suas vidas muita festa, curtição e mulheres belíssimas, mas que no entanto, nos momentos mais críticos de suas vidas e principalmente na velhice e na pobreza, se viram completamente sozinhos e desprezados por aquelas que eram agradáveis companhias nos momentos de alegria e fartura...


Mas não se preocupe: se ainda tem dúvidas ou dificuldades em identificar uma mulher de verdade e as vantagens em ter uma ao seu lado, aí vai a dica que nunca falha: Ela vai te exigir muito mais que dinheiro e sexo, mas vai te dar muito mais que isso, com ou sem o seu dinheiro, na cama e fora dela também! É fácil perceber! Fique esperto, abra os olhos e seja inteligente, rapaz!

sábado, 13 de outubro de 2012

O casinho da academia!


Oi Fá! Tenho 25 anos e conheci uma mulher mais velha que eu na academia. Ela deve ter uns 40 anos, mas é super gata! Mas ela tem um problema: é casada e tem filhos. Mas bateu uma atração daquelas e não deu outra: saímos e transamos. Foi bom demais, saímos ainda quase todo o mês de setembro, quase todo dia! Agora de uma hora pra outra ela resolveu me dar “um gelo”. Não fala mais comigo, não atende meus telefonemas, ficou fria e indiferente e foi super grossa comigo ao me pedir que não ligasse mais nos finais de semana. De vez em quando muda de novo e me trata bem, mas depois fica indiferente novamente! Que loucura é essa? O que está acontecendo? Por que ela me trata assim?  Será que vamos sair novamente?

Meu jovem, eu vou ser bem sincera, até porque um rapaz da sua idade já tem que acordar para vida, não é mesmo? É claro que você foi mais casinho dessa mulher! Observe: vocês se conheceram na academia, bateu atração forte e vocês saíram um mês inteiro! Para ser mais clara e objetiva: ela lhe “usou” durante o mês de setembro, várias vezes...! rsrsrsrsrs Além disso, o que mais você iria querer de uma mulher casada? Que ela deixasse o marido dela por sua causa? É óbvio que ela manterá essa história de acordo com a conveniência dela. E com certeza, a tendência é ser muito mais fria com você, caso haja uma maior insistência da sua parte em querer uma proximidade com ela. Outra coisa: amante nunca liga no fim de semana!!! Ficou louco? Quer que o marido dela atenda? Quer que aconteça uma desgraça na sua vida, rapaz? Com certeza, ela sempre irá te tratar melhor quando quiser dar uma saidinha com você, mas não vá esperando nada mais além disso! Tá muito claro que tudo o que ela quer é desfrutar desse seu corpinho por algumas horas! Mas ao invés de se preocupar com isso, porque você não trata de arrumar uma namorada solteira e para de arriscar a sua vida, hein? Olha, não se esqueça que tem muito homem ciumento e violento por aí, viu? Juízo...! rsrsrsrsrsrsr


terça-feira, 9 de outubro de 2012

O tamanho da traição


Fico prestando atenção nos casais de hoje em dia. E tenho conversado muito com muita gente. E também tenho observado um fenômeno impressionante: Meu Deus do céu, o povo adora falar de chifre, será possível? Se a gente senta para falar com as amigas, chifre. Se se assiste a novela das oito, chifre. Reunião de família? Nem se fala: chifre! Cabeleireiro???? Prefiro nem comentar...! Jogo de futebol com os amigos (não sou homem, mas tenho certeza que o assunto não é outro): chifre! É tragicômico, mas hoje em dia é cada vez mais raro se ouvir falar do casalzinho que depois de alguns anos de convivência se curte e se respeita sem o malfadado chifre!

Parece que existe uma torcida de chifrados invisíveis à espreita, esperando a chifrada crucial, o momento de se dizer ao pobre ou à pobre recém integrante do time dos cornudos o tão famigerado "eu não te disse?", só pra se ter o gosto de demonstrar que a fraqueza humana esta aí para quem quiser! E para quem já foi chifrado, saber que o time aumentou é quase um regozijo, acompanhado de um prazer quase orgásmico...”coitado!”, se pensa, mas lá no fundo, lá no fundinho da alma, pensa-se também “não foi só comigo”! Credo... o ser humano é bicho cruel!

E a coisa está séria, porque o chifre acabou sendo institucionalizado, de tão comum que é!!! Claro, pois a partir do momento que a sociedade propaga que ninguém está livre disso, “que todos os homens traem” e que “mulher gosta é de dinheiro”, ou seja, ditos popularescos de qualidade e origem extremamente duvidosos, mas que habitam o cancioneiro popular era natural que regras fossem criadas, para o popular chifre. Não acreditam?

Dia desses participando de um absurdo diálogo, com uma conhecida, ouvi as seguintes colocações:

“A gente sabe quando o homem ama uma mulher, até na hora do chifre...!” (Quer dizer que quem ama chifra...? Pode ser, né...?)

 Vocês precisavam ver a minha cara...rsrsrs. Ela continuou:

“Fá, o homem bom, quando chifra, trata a esposa como uma rainha, dá presentes, elogia e nunca traz ‘problema’ da rua pra dentro de casa”. (Nossa...que homem bom...um santo, praticamente!).

Não satisfeita, prosseguiu e eu, com a minha cara, claro, no chão, estupefata, ouvia com atenção:

 “E se encontrar com a puta na rua, vai fazer que não a conhece, principalmente se estiver com a família, é claro...isso é respeito, né? Pode apostar!” (Quanto respeito tem esse homem dentro de si: trai a esposa e se encontra a amante na rua, vira-lhe a cara, pois RESPEITA a companheira...puxa, quanta nobreza, quanto respeito!)

“É mesmo? E o homem que não ama a mulher? Como faz quando trai?” Não aguentei e perguntei. Era o mínimo que podia fazer...rssr

“Ah, esse daí é sacana mesmo: humilha, maltrata e ainda põe defeito em tudo que a coitada faz. Perde toda a consideração. Critica, some, e ainda acha a mulher feia e claro, perde o tesão pela esposa!”

Fiquei chocada. "Que mundo é esse? Acho que vou morrer só...", pensei!

Sabe gente, talvez ela tenha até razão, mas depois desse diálogo esquisitíssimo, eu me pergunto: Será que já existe uma escala gradativa para a traição? Por acaso ela ganhou níveis de gravidade ou banalidade? Será que existe a traição mais séria, classificada como caso duradouro, a de brincadeira, a passageira, aquela por esporte ou aquela que “foi só uma curtição”? A da balada?

Olha, eu posso até estar enganada, velha e ultrapassada, mas para mim, TRAIÇÃO SERÁ SEMPRE TRAIÇÃO, sem gradações, sem porquês, sem delimitação temporal, pouco importando se foi só por um dia, ou por vários anos. A gravidade é a mesma. Os estragos idem. A ferida dói de qualquer jeito, a decepção marca da mesma forma e a recuperação para quem sofreu, se iludiu e se decepcionou, é lenta e gradativa. A experiência ensina, mas traumatiza e transforma para sempre, independentemente da “intensidade” do ato.

Assim como amor, sacanagem, desprezo e paixão, traição não tem tamanho, largura, grau e intensidade. E ponto final!

E sem mais palavras pessoal: PONTO FINAL MESMO!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Rompendo as amarras!


Oi Fá. Tenho vivido uma situação insuportável no meu casamento. Estou quase “enfiando o pé-na-jaca”. A única coisa que me impede de tomar uma decisão radical são meus filhos. Sou casada há 12 anos e tenho 37 anos. Casei apaixonada e amava o meu marido, mas já casada ele proibiu-me de trabalhar. E após a minha segunda gravidez, descobri que o mesmo mantinha um caso há pelo menos 1 ano com outra mulher. Depois que descobri a traição ele ainda continuou a relacionar-se com a outra por mais 1 ano. Quando soube desse caso, tudo se acabou e apenas permaneci casada porque não trabalhava e tinha um filho pequeno, recém-nascido, o que foi muito sofrido para mim. Temos dois filhos, um de 7 e outro de 3 anos. Durante esses doze anos fui uma típica dona de casa, sendo que minhas únicas funções eram cuidar da casa, dos filhos e dele. Mas aproximadamente há 1 ano resolvi enfrentá-lo e com muita dificuldade comecei a fazer faculdade de pedagogia, mas desde então minha vida virou um inferno: agora ele desenvolveu um ciúme doentio por mim, coloca defeitos em tudo em casa, implica com meus amigos e desconfia de mim o tempo todo, já tendo insinuado que tenho um caso com um colega meu de turma. Pedi que ele colocasse uma pessoa para trabalhar aqui em casa e me auxiliar com os serviços domésticos, mas ele alegou que não é necessário, pois não trabalho. Quero me separar, mas não sei o que fazer...


Minha querida, sua história é realmente comovente pois se trata de um exemplo de superação de adversidades. Quando você me relatou fiquei verdadeiramente emocionada com a sua coragem, pois a sua realidade espelha a situação de milhares de mulheres que vivem a sombra de um homem, que se enganam com a ilusão de um casamento perfeito e que por conta disso se tornam eternas reféns de uma união sem amor. E infelizmente a sociedade ainda consegue rotular e discriminar a mulher que se encontra nessa situação, considerando-a conformada, “encostada no marido”, “Amélia”, “vazia”, “preguiçosa”, simplesmente porque esta mulher optou em dedicar-se à casa, ao marido e aos filhos, renunciando a  uma carreira profissional. O seu caso é ainda muito mais grave: deparamos-nos com uma proibição imposta pelo companheiro, o que a reduz a uma condição de quase escrava do mesmo! Por mais que tente, não consigo imaginar o tamanho do seu sofrimento! É incrível como apesar de toda a emancipação feminina, ainda existem homens que entendem que o casamento os torna "donos" de suas mulheres, permitindo que eles proíbam ou permitam os rumos das suas vidas! No entanto, apesar de todos os seus problemas e decepções, já se vislumbra uma “luz no fim do túnel” em meio ao seu sofrimento: a sua faculdade! Observe que a sua “libertação” começa daí! Insista neste projeto, enfrente o que for necessário, mas continue nesse caminho. Brevemente você estará estagiando, logo, logo estará trabalhando e aos poucos conseguirá conquistar sua independência financeira. Em relação ao ciúme doentio e as desconfianças do seu marido, só posso te dizer que ele projeta em você um comportamento típico dele ou seja, por ter agido assim, de forma infiel e desleal, ele não consegue compreender uma outra forma de atitude, assim ele acredita que todas as pessoas serão capazes de agir como ele, inclusive você. Mas se isso não te causa danos de alguma espécie, isso é um problema dele! Se a situação se tornar insustentável, agravando-se dia após dia, comece a pensar em libertar-se de vez dessa realidade tão limitadora. No entanto, para “desencargo de consciência”, no decorrer da sua mudança de atitude, convide seu marido a mudar junto com você. Se ainda assim não conseguir o apoio dele, siga seu caminho, parta para outra mesmo, trate de criar seus filhos num ambiente digno e saudável e aposte, sobretudo na sua felicidade! Parabéns!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Não somos burras!


Desabafo de uma conhecida minha nessa semana:  saiu com homem interessante, bonito e com um ótimo papo. É claro que acabou rolando. Ficou empolgada, e ele idem! Marcaram outro encontro e tudo corria muito bem, até que alguns dias depois, como é de praxe numa cidade pequena, descobre que o mesmo, apesar de todas as qualidades enumeradas, omitiu a principal delas: era casado, que droga!

Não acredito!”, pensou ela.

Mulher experiente que é, ficou na sua, esperando o bonitão ligar de novo. E aí, dito e feito!  Foi então que se seguiu o absurdo diálogo:

Ele : Oi amor, tudo bem?
Ela: Tudo. E você? (Responde secamente)
Ele: Um pouco cansado... Como foi seu dia? (Falando mansinho!)
Ela: O meu foi ótimo, e o seu?
Ele: Mais ou menos...passei o dia pensando em você...!
Ela: Foi? Que coisa...! E na sua mulher, você pensou?
Ele: Mulher? Que mulher?
Ela: A sua mulher...você não é casado?
Ele: Eu não sou casado, eu só moro junto...!

Para tudo! Qual é??? O que é isso? Que mundo é esse? E desde quando “morar junto” vale menos que casamento no papel???  Para mim, para o resto do mundo e inclusive para as leis, é tudo a mesma coisa, não é? Ora, faça-me o favor!

É claro que a história acabou bem aí, obviamente acompanhada de algumas respostas atravessadas dadas por minha amiga, que, morrendo de raiva, claro, desligou o telefone.

Mas não adianta. Vocês ainda não conseguiram entender que nós mulheres, não somos burras? Será que é tão difícil fazer com que vocês entendam de uma vez por todas que as suas desculpas são primárias e muito mal elaboradas para o nosso universo? Será que vocês ainda não perceberam que somos seres verdadeiramente mais arrojados e complexos, assim como o nosso raciocínio é muito mais ágil e profundo?

Olha, com todo o respeito que tenho por vocês, rapazes, chega um ponto da vida em que sinceramente não dá mais para uma mulher fazer “vista grossa” para determinados deslizes cometidos por vocês: como o pai divorciado que esqueceu os filhos do primeiro casamento; o namorado zeloso e bonzinho que sempre esquece a carteira e nunca pode dividir uma conta; o namorado trabalhador, que nunca está disponível para sair nos finais de semana e que só nos liga ou atende no horário comercial; o desempregado que faz dezenas de entrevistas, mas que nunca consegue um emprego, coitado! Ou então aquele tipo traumatizado, que não pode nem ouvir falar em casamento; o que viaja muito e que nunca tem tempo para comparecer nas festas da nossa família; aquele que mal nos conheceu a já passa a nos amar, querendo casar o mais rápido possível e que já se encontra confortavelmente “instalado” dentro da nossa casa, mandando e desmandando ou ainda aquele outro que nunca nos apresenta aos amigos, porque “sempre foi muito reservado”, nem à família, “porque não se dá bem com ela”, ou seja, homens que não têm passado, nem presente, quem dirá futuro!  

Ah, eu não poderia esquecer os clássicos: o que está traindo pela primeira vez, cheio de culpa, porque a mulher não gosta de transar ou não pode, porque é doente, ou aquele que está louco para se divorciar, mas que só não o fez por causa dos filhos pequenos. Detalhe: ambos já dormem em camas separadas e claro, são extremamente fiéis à suas amantes, já que com a esposa “não rola mais nada em casa”, dizem...! rsrsrsrsr

Homens nebulosos, histórias mal-contadas, desculpas esfarrapadas...Por favor, rapazes, não se iludam, porque nós captamos tudo, percebemos tudo e se existem ainda aquelas que caem nesse tipo de conversa é porque, com certeza, ainda precisam aprender um pouquinho mais sobre vida e sobre os homens!

Por isso rapazes, quem avisa amigo é: não apostem na burrice feminina! A surpresa vai ser grande e o tombo bem dolorido! Aprendam conosco, sejam criativos! Inventem outros perfis, novas histórias mirabolantes, diversifiquem os personagens, variem só um pouquinho e pelo menos nos proporcionem mais emoção e até mesmo diversão, porque dos tipos batidos e repetidos que vimos aqui, já estamos mais do que cansadas e escaldadas! rsrsrsrsr

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Você acredita em namoro virtual?


Oi Fá! Você acredita numa relação virtual? Te pergunto isso porque conheço virtualmente um rapaz há nove anos. Quando nos conhecemos, num chat de uma operadora de celular, ele era casado e eu me casei logo em seguida na esperança de que esqueceria essa história. Durante esse tempo nos separamos, meu casamento não deu certo, tivemos outros relacionamentos, mas nunca deixamos de nos falar. Todos os dias nosso primeiro bom dia é uma ligação para dizer como foi a noite e se dormiu bem. Sabemos tudo sobre a vida um do outro. Nos falamos todos os dias: brigamos, cobramos ciúmes, sorrimos e choramos, compartilhamos alegrias e tristezas, participamos do dia-a-dia do outro, sempre a distância. Só que agora este sentimento esta mais forte, a vontade de se ver é grande e o desejo é maior ainda. Hoje estamos solteiros e com o firme propósito de casar e ter uma família. Somos duas pessoas maduras, tenho 37 anos e ele 45. Moro em São Luís e ele na Paraíba. Diante desse quadro, te pergunto: é possível que duas pessoas que nunca se viram antes, só pelo computador, possam realmente se apaixonar? Sentirem saudade? Sentirem falta uma da outra? Ou isso não passa de uma ilusão?

Prezada anônima, a sua história é muito bonita e romântica, parabéns! Quanto aos seus questionamentos, quero lhe dizer que acredito sim que namoros virtuais possam resultar em felizes uniões reais porque conheço pessoas que vivenciaram situações idênticas ou similares a que você descreve e que tendo ultrapassado as barreiras virtuais, hoje se encontram casadas e muito felizes no mundo real! É lógico que também existem histórias nem tão felizes assim, e que nos deixam verdadeiramente desconfiados deste tipo de relacionamentos. E acho até interessante que isso seja ressaltado aqui, pois o bem mais precioso que se observa nesse contexto é a sua vida e seu bem-estar. Mas creio que após nove anos de contato e sendo vocês pessoas maduras e resolvidas, que ainda acreditam no amor e que se sentem preparadas para tentar uma nova história, só resta fazer uma pergunta: O que estão esperando? Minha querida, não adie a sua hora de ser feliz! É importante que antes de tudo, você adote todas as cautelas necessárias para começar a concretizar essa história. Observe que todas as coisas boas nessa vida precisam de um certo tempo para serem maturadas e assimiladas, que a pressa é realmente a maior inimiga da perfeição no campo dos relacionamentos e que definitivamente, saber esperar o tempo de cada um é de verdade é a maior prova de maturidade e respeito ao próximo. Mas prepare-se para conhecer este homem, resolver esta situação e quem sabe, encontrar um companheiro para sua vida! Vá preparada para tudo, encarando esta situação com responsabilidade, mas sobretudo sabendo que no mínimo você já tem um maravilhoso amigo com quem já  compartilhou a sua vida por 9 anos! Siga em frente! Espero que dê tudo certo e boa sorte!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ele bebe demais!


Oi Fá! Não sei se a minha questão tem a ver com a temática do seu blog, mas meu problema é o seguinte: Meu marido fez a cirurgia de redução do estômago há 5 anos e desde então, temos enfrentado alguns problemas. Eu o conheci já acima do peso (ele estava pesando 130 quilos) e via que ele não trabalhava muito bem essa situação. Apesar disso ele sempre foi uma pessoa tranquila e nossa convivência era a melhor possível. Sempre viajamos, saímos a sós ou com amigos e nossa vida íntima era sempre muito satisfatória, e quando ele decidiu submeter-se à cirurgia, eu dei a maior força. No decorrer desses cinco anos, ele perdeu mais de 40 quilos e durante esse tempo muita coisa mudou: ele ficou bem vaidoso, ficou autoconfiante demais e por pouco nosso casamento não naufragou, pois acho que no início, ele “se deslumbrou” com o emagrecimento e com os elogios feitos por outras pessoas (e principalmente outras mulheres!). Foi preciso muita paciência e amor da minha parte e muita conversa entre ambos para que as coisas voltassem minimamente aos eixos. Só que agora, passados 5 anos, estou enfrentando um outro problema: ele tem bebido demais e o pior não é isso – está engordando novamente (10 quilos em 1 ano!).  Todos os dias ele bebe muito (de segunda à segunda), e por mais que eu fale, de nada adianta. Acho que a situação é grave, já tendo ele até faltado ao trabalho por conta da ressaca! Já aguentei muita coisa, Fá, mas agora quem está dando sinais de cansaço sou eu. Em cinco anos, eu ainda não tive paz! Estamos juntos há 8 anos e temos um filho de 6 anos, mas foram muitas mudanças e agora estou chegando ao meu limite! Por favor, me ajude!!!!

O seu problema é bem interessante e tem sim muito a ver com o blog. Agradeço desde já pelo seu relato, pois sabemos que um relacionamento passa por muitos desafios e com certeza, as questões que enfocamos aqui, são todas pertinentes e fazem parte do dia-a-dia de um casal normal. E a sua não é diferente, muito pelo contrário! É até mais comum do que imaginamos. É que no seu caso nos confrontamos com duas questões bem delicadas: as mudanças operadas na vida de quem se submete à cirurgia bariátrica e as consequências na vida das pessoas ao seu redor e também a questão do abuso de bebidas por um dos parceiros. Tudo isso é muito complicado e precisa ser analisado com muita calma. Primeiramente quero te dizer que eu também fiz a cirurgia e que falo com conhecimento da causa: Esse processo de emagrecimento ocasionado pela cirurgia, ao contrário do que estamos vendo aí, com a banalização deste procedimento por muitas pessoas é algo bastante complicado, que mexe profundamente com a cabeça de quem passa por ele. Imagine o que pensa uma pessoa perde em 1 ano 40, 50, 60 quilos????  A mudança é muito brusca, as descobertas são inúmeras e o choque de realidade é enorme!  A pessoa passa, em um "piscar de olhos" a realizar muitos desejos, vontades e anseios que estavam escondidos ou reprimidos por baixo de toda aquela gordura e sente uma real necessidade de experimentar sensações inimagináveis para alguém que carregava muitos quilos de sobrepeso. É natural que seu marido passe a se achar o “super-homem” e daí vêm os excessos e atitudes equivocadas. É importante ainda entender que a obesidade (mórbida), além de ser o principal foco da vida de quem sofre esse mal, é ainda, para o obeso, a responsável por grande parte de suas mazelas. Ou seja, quem tem problemas com a obesidade, concentra todas as suas frustrações nesse aspecto e acredita sinceramente que o emagrecimento resolverá grande parte de suas insatisfações, o que não é verdade mesmo e isso ocasiona uma outra série de frustrações e desapontamentos.  É importante que você seu marido entendam que o caminho do emagrecimento através da cirurgia bariátrica é verdadeiramente tortuoso e bastante difícil, o que requer diálogo, paciência e, sobretudo ajuda profissional para ambos. O OBESO QUE FEZ A REDUÇÃO NECESSITA DE AMPLO ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO para que não sofra o que seu marido tem sofrido, inclusive no que diz respeito aos “deslumbres” e à questão da bebida! Por isso, como não sou psicóloga, o único conselho que posso te dar é o seguinte: Não “chute o pau da barraca” antes de buscar apoio de um bom psicólogo! Converse com seu marido, fale com ele sobre uma terapia de casais, mostre o que tem sofrido, mostre outros exemplos e encare isso como apenas mais outro desafio no seu relacionamento, sabendo que este não será o último, e que amanhã pode ser você quem precise contar com o apoio dele para superar os seus problemas!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

As armadilhas da correria


Nossa, a semana começa e a gente corre tanto que às vezes não consegue conciliar a vida pessoal com as atribuições do dia-a-dia! Também, pudera: trabalho, colégio dos filhos, academia, contas a pagar, médico, banco, aula de inglês, balé, dentista, almoço com os pais, com a melhor amiga, chopp com os amigos, pelada, almoço com clientes, relatório mensal, falta de babá, deslizes da empregada, comprar pão, ir ao supermercado, abastecer o carro, calibrar pneus, verificar o óleo, deixar uma comidinha pronta, pegar a roupa na lavanderia, deixar o dinheiro do gás, pagar a diarista, ir à costureira, levar a bolsa para consertar, passar na farmácia... Ave-Maria!!! No meio de tantas responsabilidades, como vamos arrumar tempo para...NAMORAR???

Às voltas com toda essa correria, como vamos arrumar tempo para dar atenção ao companheiro? Mas não tem nada não...a gente se vira no domingo, não é? Afinal de contas, “se estamos juntos, ele(a) tem que entender a minha rotina, né!”. 

Não necessariamente, meu (minha) caro(a)!

Olha, se você está vivendo assim, sinceramente eu acho melhor você arrumar um tempinho para curtir o seu parceiro, quer ver?

Por que enquanto pensamos assim, a pressa do dia-a-dia impede que ele enxergue as suas calcinhas folgadas, ou que você perceba a existência de uma cueca furada. Impede que ele repare no seu esmalte descascado, naquela sua meia-calça que desfiou acidentalmente e você, nem repara na sua barba por fazer, nos seus sapatos sujos e nas manchas de baton daquela camisa do trabalho... O corre-corre não deixa que o marido perceba que você finalmente comprou aquele par de sapatos super caro, e que comprometeu uma boa parte do limite do seu cartão, além do horror de maquiagens compradas numa visitinha básica feita pela revendedora de uma marca famosa qualquer! Mas isso é ótimo, não é? Vamos combinar que sim!

Por outro lado, a correria da semana não te deixa perceber que ele tem se perfumado mais, comprado roupas novas, que têm comentado muito pouco sobre o trabalho e que de uns dias pra cá, tem estado mais ocupado que o normal, geralmente fazendo serão, ou então levando mais trabalho para casa, coitado...afinal, você tem que se desdobrar em mil e uma, cuidando da casa, do jantar, preparando a lição das crianças, preocupando-se também com o seu trabalho, que já não anda lá essas coisas, com a sua boa forma, principalmente depois que ele te disse anteontem que você está ficando mais cheinha...!

A sua correria te impede de perceber que os elogios vêm sumindo, que os presentes vão ficando mais raros e baratinhos. Que o celular sumiu de cima da mesa e que quando o mesmo toca, as conversas acontecem todas bem longe de você, que a esta altura do campeonato, anda tão cansada que agradece à Deus, por ele não ter ultimamente tanta vontade de transar! “ALELUIA!”, você diz!

A pressa rotineira impede que você perceba que a sua mulher, apesar da sua ausência, acorda com a pele linda, viçosa, e que o humor dela, apesar de todas as responsabilidades e chatices cotidianas nunca esteve tão bom, que se apresenta com uma aparência tão boa, jovial, que passou a te tratar maravilhosamente bem de um dia para o outro, apesar de nada ter aparentemente mudado em casa em muitos anos de rotina inabalável!

A mudança do cabelo, as roupas novas, os longos silêncios, a felicidade inexplicável, a mudança repentina do perfume preferido (rsrsrsrs), as lingeries novas, que estranhamente não são usadas com você, as músicas românticas ouvidas repetidamente no carro, a academia, que agora passa a ser todos os dias da semana...tudo isso passa despercebido aos seus olhos, graças à quem??? Graças  à sua correia diária, claro!

Então eu pergunto: Para que correr tanto?

Olha, é sempre bom lembrar que às vezes, só percebemos que a “casa caiu”, depois que estamos no meio da rua sem ter para onde ir! Por isso, reflita: que tal pisar no freio e passar a enxergar quem está ao seu lado?

Por que é sempre bom lembrar que quem está ao seu lado não é feito de pedra, nem é máquina e tão pouco você também!  Pode até ser que esteja se sentindo meio abandonado e carente, só que você tem corrido tanto que nem sequer percebeu ou cogitou essa hipótese.

Por isso pare antes que seja tarde e depois não venha reclamar de “ter feito tudo certinho” e que mesmo assim foi sacaneado!

Porque sacanagem mesmo, é viver correndo, deixando de lado quem te ama!