quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Sogra difícil

Estou casada há 13 anos e temos 2 filhas, de 12 e 10 anos. Considero meu casamento feliz e tranquilo. Trabalhamos muito e damos um duro danado para criar as meninas. Elas são boas filhas que nunca nos deram trabalho. Meu marido é mecânico tem 40 anos e eu sou auxiliar de enfermagem.  Tenho 36 anos. Ele vive para a casa e para a família. De vez em quando bebe umas cervejas com os amigos, mas é algo bem normal, sem nenhum tipo de incidente. Eu, quando não estou no trabalho também me dedico inteiramente à minha casa e à minha família. É tudo muito bom, né Fá? Aparentemente sim, mas temos um problema sério entre nós: a minha mãe nunca aceitou o meu marido e eu sinceramente não sei o porquê. Ela se recusa e dividir os mesmos ambientes que ele e sempre foi assim, desde a época do namoro. Ela nunca me deu um motivo concreto para este comportamento e desde que eu o conheci me sinto extremamente incomodada com o comportamento dela. Por causa disso, já deixamos de participar de festas de natal, ano novo, aniversários, tudo porque ela não se sente a vontade com ele e acaba transferindo este sentimento para os meus irmãos e demais familiares, que agem como se ele fosse uma pessoa indesejável, quase um estranho na família. Ele adota uma postura passiva. No passado tentou se aproximar sem sucesso, mas de uns anos para cá já desistiu de tentar agradar, sendo que atualmente prefere evitar meus familiares, o que considero natural, pois ninguém gosta de ser tratado assim. Minhas filhas sofrem com isso, eu sofro e ele idem, pois é bom pai e bom marido, sempre respeitou minha família e me respeita também. Nós sempre fomos muito família e por isso sou tratada de forma exatamente oposta pelos familiares dele, que me adoram. Nós nos sentimos injustiçados por conta desta situação e me sinto envergonhada diante do meu marido e das minhas filhas, que não têm culpa pelo comportamento da minha mãe. Você poderia me ajudar, tentando me explicar o porquê dessa situação e como devo agir?


Ô situação difícil essa a sua! Ô pessoa complicada é essa sua mãe, menina! Sinceramente, diante dos fatos que você relatou, acho que o único problema que existe em todo esse contexto é a sua mãe. Aliás, problema não, PESSOA PROBLEMÁTICA! Claro! Porque se você tem um casamento tranquilo com seu marido, se criam suas filhas sozinhos, se pagam suas contas e se resolvem a vida de vocês, sem depender financeiramente de ninguém, nem tão pouco da sua mãe, se o marido é bom pai e companheiro, se vive dentro de casa, se trabalha e não te explora, se te respeita e não lhe agride com atos ou palavras, respeita sua família e ainda têm uma família que te trata bem, O QUE MAIS SUA MÃE QUER??? Olha, eu imagino que a situação vivenciada por você e sua família é bastante complicada e desconfortável, no entanto creio que vocês já demonstraram ao longo dos anos que não existem motivos reais para o comportamento adotado por sua mãe. Assim, estando a sua família com a consciência tranquila, vivendo em harmonia uns com os outros acredito que a única coisa que vocês podem fazer diante desses fatos é continuar a viver bem, cuidando da sua casa, criando as suas filhas e trabalhando. Às vezes as pessoas adotam comportamentos e atitudes que nem elas mesmas conseguem entender o porquê, quanto mais quem está “de fora” apenas observando ou sofrendo as consequências. Talvez nem a sua mãe entenda exatamente porque se comporta assim em relação ao seu marido. Então, não se preocupe muito em tentar entender essa situação, pois certamente isso só te traz mais sofrimento e frustração. Desta forma, a única coisa que você pode fazer é lamentar, pois infelizmente a sua mãe está desperdiçando uma oportunidade de conviver em harmonia com um bom genro, o que naturalmente deve afetar o relacionamento dela com as netas, que amam o pai. Diante deste quadro, presumo que só quem perder é ela e que vocês devem se esforçar ao máximo para não transferir os reflexos do comportamento infundado da sua mãe para o ambiente familiar, causando conflitos entre vocês e respectivamente no seu casamento. Isso JAMAIS poderá acontecer! Para finalizar eu te digo o seguinte: ninguém sabe o dia de amanhã. Continue sua jornada ao lado da sua família, sempre se colocando à disposição da sua mãe e dos seus outros familiares. Ajudem sempre que forem solicitados. Participem sempre que forem convidados. Colaborem, cooperem. Não se comportem da mesma forma que ela. Façam exatamente o contrário. Sejam amorosos e com certeza, no futuro, vocês serão recompensados de forma positiva, pode apostar!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Namorando um bom pai...

Têm muita mulher bacana por aí, colocando em jogo um relacionamento igualmente bacana por não saber lidar com os filhos do seu namorado. Num rompante de burrice, colocam toda uma história a perder, simplesmente porque exigem do namorado o inexigível (e impossível).

Se você namora um homem que tem filhos, é impossível exigir que todas as atenções dele sejam direcionadas à você, em detrimento da atenção conferida  aos filhos dele.

E é pura bobagem rolar ciúme. Não vou dizer que não aconteça. Acontece, é claro. É até natural num momento inicial, principalmente para aquelas mulheres que nunca vivenciaram a situação, bem como para aquelas que ainda não têm filhos, mas é importantíssimo compreender que este sentimento deve imediatamente passar, pois insistir nessa situação em relação ao seu namorado e aos filhos dele é um enorme tiro no pé!

Claro que sim! Observe a seguinte situação: um bom pai JAMAIS vai se se colocar contra os seus filhos por conta da namorada. Principalmente se eles são crianças! Sim! Eu digo isso porque existem mulheres que literalmente tentam tirar o lugar da criança da vida do pai, achando que seu amor e dedicação podem preencher o lugar dos filhos na vida de um homem!

Um homem sensato diante de uma situação conflituosa tentará contemporizar ao máximo, buscando equilíbrio a fim de que namorada e filhos se entendam da melhor maneira possível. Mas observe: não adianta bater o pé, não force a barra. Eles são filhos e estarão para sempre na vida do pai.

Além do mais, reflita: que tipo de mulher exigiria de um homem que ele simplesmente abdicasse da sua função de pai? Outra: como você reagiria diante do seu namorado se você constatasse que ele, um homem tão bem-sucedido na profissão, inteligente e companheiro, simplesmente negligencia o seu papel de pai???

Por isso é importante observar os sinais, os seus e os dele e dos seus filhos. Não entre na paranoia de competir com os filhos do seu namorado. Certamente você estará em franca desvantagem. Ao invés de adotar uma postura combativa ou competitiva em relação aos filhos dele, quer sejam crianças ou adultos tente relacionar-se com os mesmos dentro de um ambiente de respeito e amor, ou seja: dando e recebendo respeito, dando e recebendo amor.

Eu sei e tenho consciência de que as coisas não são tão simples assim. Existem situações críticas que podem lhe colocar em uma posição extremamente delicada. Mas antes de qualquer coisa, tente agir como adulta, como mulher madura que é. Tente analisar as questões e esforce-se para agir de forma sensata em relação aos filhos do seu namorado e às reações dele em relação aos filhos.

Finalmente, compreenda que por mais que você faça parte da vida deste homem, determinadas questões pertencerão somente à ele e aos seus filhos, não dependendo da sua participação ou anuência, bastando somente que você adote uma postura tranquila e equilibrada, o que certamente ajudará bastante a resolução de qualquer situação conflituosa.

Aprenda a dar o espaço necessário para que ele possa ser pai e eles possam ser filhos. É direito deles!


É complicado adotar uma postura assim tão passiva, eu sei, mas tenha certeza que no frigir dos ovos, esta é certamente a melhor atitude!

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Manual de etiqueta para uso de Redes Sociais em tempos de Eleições.

Ok. Vivemos numa Democracia, temos liberdade de pensamento e livre manifestação de ideias.
Mas para vivermos em Democracia, gozando plenamente dos nossos direitos, necessitamos também compreender que estes terminam onde começam os direitos alheios.
Sim. Porque direitos tem começo e fim.
Eu não sou um ser anti-social, nem tão pouco apolítico.
Mas defendo o direito daqueles que simplesmente não desejam envolver-se em debates políticos-eleitorais.
Sim. Porque para alguns, esta temática é realmente massacrante, um verdadeiro suplício!
Se ainda não compreendeu a situação eu pergunto: você já experimentou discutir religião, ou então futebol com alguém?
Imagine então, discutir gostos ou preferências que mais parecem dogmas de tão imutáveis que são?
Pois a verdade é que para alguns a preferência política é bem assim...imutável, cega, surda , mas não muda (quem dera fosse)...!
Então eu pergunto: para que discutir com pessoas assim?
Ou então me questiono: por onde anda o bom-senso das pessoas que se engajam nas campanhas (ou anti-campanhas) políticas?
Claro! Porque divulgar a sua preferência ou sua antipatia por algum candidato é um direito seu.
Mas pense bem: divulga-la de forma ostensiva e insistente é algo que se torna chato e desagradável, além de repetitivo, massante, beirando o insuportável!
E não pense que as coisas mudam de tom quando as redes sociais são utilizadas para tal fim.
Acredite: é tão desconfortável quanto travar pessoalmente um debate político-partidário.
Para falar a verdade, deparar-se com propagandas ou anti-propagandas políticas dia após dia na sua timeline é algo que chateia até os mais pacientes!
Assim, é melhor que tudo fique claro, não é?
Por isso peço em nome de milhares, aliás, MILHÕES de pessoas que sentem este mesmo mal-estar: Por favor, chega de postar propagandas (ou anti-propagandas) políticas nas redes sociais!
Defenda seu ponto de vista sem invadir o direito alheio!
E seja um pouco mais racional, por favor.




quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A amiga sumida!

Aquela sua amiga inseparável arrumou um namorado e de uma hora para outra sumiu da sua vida, evaporou...

Vocês nunca mais saíram, ela não dá mais as caras, deixou até de ligar...

Logo vocês, que se falavam todos os dias e conversavam sobre todos os assuntos,  agora por conta de um estranho, nem se veem mais...!

Dentro dessa perspectiva, é natural que você fique magoada e até possessa.

E que na primeira oportunidade, jogue na sua cara todas as suas faltas, alegando que ela está ausente, sumida, que esqueceu dos amigos, que está “se achando” só porque está namorando, “que não se troca amigos verdadeiros por nenhum homem”, “que estará esperando quando ela quebrar a cara”... enfim, todas aquelas frases de efeito, muito amarguradas que só os amigos “abandonados” por conta de um novo namorado sabem dizer...! (kkkkk)

Mas eis que um dia, a amiga até então sumida, já sabendo das suas queixas feitas para os amigos em comum, resolve ligar como se nada tivesse ocorrido, e naquele momento você constata ao ouvir aquela vozinha alegre, cheia de empolgação e tranquilidade, que nem o breve afastamento, nem as suas declarações maldosas feitas à terceiros, nem tão pouco as inúmeras noites mal dormidas e divertidas, recheadas de amor e sexo vigoroso proporcionadas por um novo namorado, abalaram a amizade que existe entre vocês.

E de repente, todas as suas mágoas e rancores, como num passe de mágica desaparecem instantaneamente, tão e simplesmente porque no fundo, no fundo, por mais que esta “ingrata” esteja afastada, tudo o que queremos é ter a certeza de que ela está feliz, se sentindo bem amada e cuidada!

Por isso, se você se identificou com a amiga “abandonada” deste texto, faça o favor de relevar o sumiço dessa sua amiga que voltou a namorar recentemente...!

E entenda de uma vez por todas que aquela frase dita por você num momento de mágoa ou desabafo, do tipo “não se troca amigos verdadeiros por nenhum homem” é a mais pura verdade,  que a amiga sumida sabe muito bem disso e que logo, logo vai voltar!

Você sabe que esse sumiço é apenas aquela deliciosa empolgação do começo do relacionamento...!

Assim, esforce-se só um pouquinho para simpatizar com o homem de sorte que agora é namorado da sua amiga. Não se esqueça que você a conhece muito mais que ele, que divide segredos que ele jamais saberá e que você também pode ajudar este namoro a dar certo! Faça a sua parte!

Mas seja humilde para reconhecer também que determinados aspectos da personalidade da sua amiga serão conhecidos agora só por ele...Coisas que você, mesmo depois de anos e anos de convívio, nem sequer imagina!

E no final das contas, independentemente de como as coisas vão se desenrolar nesse namoro, se faça presente sempre que der, afinal, VOCÊ também sabe e já passou por isso, vamos combinar e tenho certeza que de uma coisa você não duvida: esse sumiço do começo do namoro é natural, e bom demais!
 



terça-feira, 12 de agosto de 2014

Quando uma mulher decide romper...

Antes de qualquer coisa, antes de começar a escrever este texto, quero lembrar aos leitores de uma coisa: estamos em pleno século XXI, ok? O que vocês vão ler agora aqui, não é uma reprodução de um texto do século XIX, mas tão e simplesmente o relato de uma situação atual, vivenciada por milhares de mulheres, todos os santos dias, em qualquer lugar do mundo. Então vamos lá:  vamos falar sobre a decisão de romper o casamento.

Alguns devem estar se perguntando: “mas por que tanto exagero para tratar de um assunto tão banal assim?”, “por que tanto suspense para falar de algo tão comum em nossa sociedade?”. Pois é, eu também estaria surpresa com o tema, se não constatasse de perto, a forma absurda como é tratada a mulher que decide colocar um ponto final num casamento já fracassado (ou aparentemente feliz).

Confesso que já me sinto extremamente cansada dessas discrepâncias de tratamento existentes na sociedade em relação aos homens e às mulheres e quando o assunto converge para a decisão de terminar um casamento, principalmente quando existem filhos e quando esta escolha parte da mulher, a coisa fica feia, aliás, fica feíssima!!!!

E o que era ruim piora quando a questão invade a esfera patrimonial pois além de ganhar a pecha de “louca”, “insana”, “traidora”, “imatura” por decidir terminar um casamento, quando a mulher busca a divisão dos bens havidos durante a união, ainda ganha outros adjetivos como “interesseira”, “oportunista”, “preguiçosa” e outras coisas do gênero.

Imagine então quando a questão é analisada levando em consideração a situação dos filhos! A mulher encara a faceta de “desnaturada”, “irresponsável”, “egoísta”, “individualista” ou “péssima mãe”!

E tudo isso somente porque resolve acabar com uma situação insustentável que já não lhe trazia felicidade...inclusive para o companheiro!

Depois da decisão tomada e achando que o pior “capítulo” dessa “novela” já terminou, a mulher não faz a mínima ideia das inúmeras outras provações que ainda terá de aguentar por conta da livre decisão em romper um casamento: olhares de piedade, olhares de reprovação, mudanças repentinas no comportamento daquelas que outrora eram consideradas “amigas”, cantadas vindas dos amigos do ex-marido, a exclusão de programas destinados somente aos “casados”, aquele medo inexplicável que algumas esposas e namoradas têm das mulheres divorciadas por acharem que estas últimas são verdadeiras “devoradoras” de homens (solteiros e casados), fofocas, preconceito, ou seja, tantas coisas tolas e pequenas que só quem passou por essas situações sabe exatamente  aferir.

E no dia em que esta mulher estiver disposta a ter um casinho, um namorado ou outro marido até, pode ter certeza que vão mais uma vez apontar o dedo e deduzir: "tá vendo...? Já tinha outro!"...!

No final das contas, é natural a sensação de indignação porque simplesmente constatamos uma dura realidade: para a sociedade a mulher ainda deve aguentar tudo, calada, pouco importando se ela é vítima de violência doméstica, se passa pelas piores humilhações dentro de casa, se ouve xingamentos, se passa por privações financeiras ou sentimentais ou se tem de suportar as traições e as farras do marido.

Para esta mesma sociedade, ela deve se conformar em ser traída, enganada, deve contentar-se em manter sua família à prova das mazelas que povoam seu casamento, ainda que isso lhe custe a sua própria felicidade. Deve manter um casamento infeliz porque infelizmente perdeu a sua identidade bem como a sua individualidade no momento em que assinou um papel na frente do Juiz. Deve por fim esperar se abandonada depois de 10, 20, 30 anos de dedicação a um único homem, quando não tiver mais sonhos nem aspirações a serem compartilhadas com um novo parceiro por conta das desilusões, para servir de mártir e exemplo para esta mesma sociedade, que finalmente lhe aplaudirá de pé ao lhe ver sozinha e infeliz, sem coragem e com medo de reconstruir a vida.





quinta-feira, 10 de julho de 2014

Trabalho em família!

Oi Fá. Trabalho com minha esposa numa pequena empresa que abrimos juntos. Estamos casados há 15 anos e passamos praticamente todo o dia juntos. Tenho 43 anos e ela 39. Há mais ou menos dois anos (estamos trabalhando juntos há quatro anos), percebi que nossas conversas geralmente giram em torno do trabalho. Só falamos sobre trabalho! Tomamos café, almoçamos e jantamos trabalho! Temos 2 filhos de 13 e 12 anos que simplesmente não nos aguentam mais! Temos prazer em trabalhar, adoramos o que fazemos e estamos crescendo profissionalmente, mas acho que pessoalmente nossa relação está dando sinais de desgaste. Às vezes nos estressamos e discutimos por conta do trabalho, já ficamos inclusive sem nos falar dentro de casa, no entanto, em nome do profissionalismo sempre nos comunicamos na empresa, mesmo que estremecidos. Somos companheiros, não competimos e pensamos de forma igual em relação ao trabalho, mas quando a questão é nossa vida de casal, estamos deixando a desejar. Tentei conversar com minha esposa, mas ela disse que estou exagerando. Nossos amigos acham que somos um casal modelo. Ela parece não se tocar e eu fico pensando se estou ficando louco! Estamos saindo muito pouco, viajamos pela ultima vez há exatos 4 anos e transamos raramente, umas quatro vezes por mês (praticamente 1 vez por semana - é muito pouco)! Temos praticamente os mesmos amigos e vivemos economizando dinheiro para proporcionar uma vida bacana para nossos filhos e investir na empresa. Será que o nosso casamento está acabando? Gostaria de saber a sua opinião. Obrigado!


A sua situação não é fácil. Têm muita informação no seu relato e claramente percebo que algumas coisas estão mesmo fora do lugar. Mas isso não é motivo para pânico, nem tão pouco para achar que seu casamento está acabando ou em crise, pois milhares de casais trabalham juntos por anos e anos e conseguem manter o relacionamento numa boa, apesar das dificuldades. Talvez o que possa estar faltando seja uma mudança de hábitos e uma separação das condutas adotadas dentro de casa daquelas adotadas no trabalho. Vamos lá: Inicialmente você coloca que os dois só falam em trabalho e que por conta disso nem seus filhos toleram mais a companhia de vocês. Com toda razão! Quem aguenta conviver 24 horas por dia com uma pessoa que só fala em trabalho? Daqui há pouco um de vocês vai se tocar e perceber o quanto é chato ter ao lado uma pessoa que não varia o assunto. Pelo visto o primeiro a se tocar foi você. Cuidado para não começar a achar sua esposa uma chata, pois pelo que você relatou, parece que ela ainda não se deu conta dos erros cometidos. Em segundo lugar você mencionou brigas e estresse, que são coisas naturais dentro de casa e também no trabalho. Todo mundo se estressa no casamento e todo mundo se estressa no trabalho! O problema de vocês dois é levar o problema de casa para o trabalho e vice-versa. Por isso tente enxergar sua esposa como colega de trabalho NO TRABALHO e tente enxergar sua esposa como mulher somente EM CASA, pois me parece um enorme absurdo vocês ficarem sem se falar em casa por conta de problemas no trabalho. Observe que toda a família sofre com essa falta de foco dos dois. Jamais deixem de se falar em casa por conta de problemas no trabalho e vice-versa. Se quiserem dar prosseguimento ao trabalho e ao casamento, acabem logo com isso e estabeleçam um limite gigantesco entre casamento e trabalho, pelo bem da sua família! Nunca percam o respeito um pelo outro, nem como profissionais, nem como marido e mulher. Ou então acabem com a empresa se não tiverem estrutura emocional para conciliar vida pessoal com a profissional, mas se consideram a sugestão impossível ou exagerada, cogitem a hipótese de um dos dois sair da sociedade para tentar salvar o relacionamento. Insista em conversar com a sua esposa pois definitivamente você não está ficando louco. De fato existe um problema sim e se não for tratado logo, alguma coisa vai perecer! Para terminar eu afirmo que vocês devem ser sim um casal bem bacana, mas precisam se tocar que a vida não se resume somente em trabalho! Poxa, se a empresa está bem, porque deixaram de viajar? Outra coisa: transar quatro vezes por semana é algo discutível. Vocês dois são jovens e tem ainda muita energia. Tentem mudar um pouco a rotina. Experimentem tirar ao menos 10 dias de férias separados para cuidarem dos seu interesses individuais. Sejam só um pouquinho egoístas. Cuidem dos seus filhos, mas não deixem de cuidar do seu casamento. Guardem dinheiro, invistam na empresa, mas não deixem de investir na sua felicidade, nos seus projetos pessoais. Não se bitolem tanto assim no trabalho. Conversem, saiam, transem mais, vão ao cinema, matricule-se num curso de idiomas, façam programas separados também, isso é muito importante, procure uma atividade física diferente daquela praticada por elaFechem a empresa um dia mais cedo para fazerem atividades diferentes. Ela não vai quebrar por isso, não! Eu tenho certeza que seguindo estes conselhos coisas legais vão acontecer, tanto no trabalho, como no casamento. Pode apostar!

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Essa tal Copa do Mundo!

Nunca vi um povo mais fanfarrão que o brasileiro quando se trata de futebol. Somos capazes de esquecer qualquer dor-de-cabeça diante da promessa de uma vitória!

E tudo isso facilmente se comprova quando de trata de uma Copa do Mundo. Um espetáculo de alegria desmedida e exagerada presenciada desta vez, neste ano de 2014 por todo mundo!

Nesta época não existe tempo ruim. Basta que a seleção se sagre vitoriosa e todos os nossos problemas e chateações, ainda que por um breve período rapidamente são minimizados ou esquecidos!

O único momento difícil de toda esta experiência, certamente é a hora em que a bola rola! Naquele momento ninguém é de ninguém e a seleção nunca atende às nossas expectativas! Nunca joga bem, é sempre cheia de defeitos e os jogadores só fazem bobagens em campo!

Mas depois do primeiro gol, impressionantemente os brasileiros são tomados por uma espécie de êxtase que dissipa todas as amarguras e ressalvas sobre a nossa seleção!

E nessa hora nos unimos, sofremos, torcemos, rezamos, xingamos, nos abraçamos, nos beijamos, reatamos namoros, lembramos dos parentes distantes, voltamos a falar com quem brigamos outrora, conversamos animadamente e até estreitamos laços com pessoas que há noventa minutos atrás sequer conhecíamos!

E depois da vitória comemoramos como se fosse carnaval, como se fosse a vitória na final e ainda tiramos sarro da cara dos derrotados!!!

No dia seguinte começa tudo de novo! E haja falar mal do jogo que passou! Mas a cada vitória algo estranho vai acontecendo: o nosso pessimismo inicial vai sorrateiramente abrindo passagem para uma inexplicável esperança que só o povo brasileiro é capaz de demonstrar, apesar de todas as dificuldades do dia-a-dia, da corrupção e da roubalheira desmedida.

Poxa, diante de tudo isso e apesar de todos os desmandos dessa Copa, as vezes fico pensando: bem que poderíamos ser campeões, né ?

A festa seria linda e completa! Mas agora só resta esperar!

E excelente jogo para todos nós!!!
               

                

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Diversão Arriscada

Fá tenho 16 anos e aproximadamente há um mês saí com um colega da escola que tem 17 anos  e acabamos transando. Fomos para o apartamento dele, já que seus pais não estavam lá. Então resolvemos tirar algumas fotinhos picantes por curiosidade, só que logo em seguida deixamos de sair e até mesmo de conversar. Acontece que mesmo confiando nele, no seu caráter e considerando que ele jamais divulgaria as minhas fotos, me sinto insegura sabendo que ele tem em mãos fotos sensuais minhas. Eu gostaria sinceramente de poder pedir as fotos de volta com garantia de que ele não as copiou para si. Mas agora que não nos falamos mais e que praticamente perdemos o contato, não sei o que fazer nem como pedi-las de volta. Estou com medo, pois as fotos são muito comprometedoras. O que faço? Como devo agir?

Bem, antes de qualquer coisa, seria interessante que você nunca mais tirasse “fotinhos picantes” com colegas de escola com quem você saiu somente uma única vez e mal conhece, né? Aprenda que não se faz isso com estranhos e que por mais que vocês estudem na mesma escola ou até na mesma sala de aula, isto não te torna íntima deste rapaz o suficiente a ponto de tirar fotos sensuais com ele. Mas agora que a bobagem foi feita, infelizmente não posso te dar boas notícias, mas vamos lá: primeiramente você tem todo o direito de pedir a devolução das fotografias, afinal de contas é a sua imagem que está lá. Porém, não existem garantias de que o rapaz não as tenha copiado para o seu arquivo pessoal. Assim, caso consiga recuperar as fotos, não existem garantias sólidas de que nada ficará com ele. No entanto, sempre vale a pena recorrer a uma boa conversa. Assim, ligue para o rapaz, fale educadamente com ele, explique a situação e peça de maneira cordial a devolução das fotos. Se você tiver o e-mail dele, melhor ainda. Documente-se escrevendo um e-mail super educado expondo a situação. Ao término, peça as fotos de volta. Aguarde a resposta dele, sabendo que pelo menos você terá em mãos um documento que possa comprovar a existência das fotos e que as mesmas estão em poder dele. Finalmente, aconselho: resguarde-se menina. Tome cuidado com a sua vida e não se exponha ao risco de ter suas fotos divulgadas na net assim tão fácil e banalmente! Seja esperta e aproveite a vida com mais responsabilidade, pois acredito que você já tenha idade e consciência suficientes para isso. Boa sorte!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

A Coragem de Mudar


Outro dia estava conversando com alguns amigos e afirmei que invejo a coragem daquelas pessoas que não têm medo de mudar radicalmente de vida: coragem de pedir demissão de um emprego estável e arriscar-se numa profissão completamente nova, coragem em largar uma faculdade para aventurar-se num curso diferente, coragem de terminar um casamento acomodado, de correr atrás de um sonho, desafiando as convenções impostas pela sociedade, enfim, coragem de jogar-se, lançar-se no desconhecido em busca da sua felicidade.

Não que eu seja acomodada, apenas me considero um pouco cautelosa demais, principalmente depois que aprendi algumas lições da vida aplicadas de forma muito dura.

Assim, aqueles ímpetos aos quais me arriscava no passado, já não fazem parte da minha vida há algum tempo. Acredito que a idade também influencie um pouco e à medida que nos tornamos mais maduros, ficamos um pouco mais resistentes às mudanças bruscas em nossas vidas.

Mas apesar de todos os temores que me habitam, eu sei que existem momentos em que decisões devem ser tomadas sob pena de colocarmos em jogo o resto dos nossos dias. Ou seja, em determinadas situações algumas escolhas devem ser necessariamente feitas, para que se possa ajustar aquilo que ainda pode ser consertado, mesmo que algumas coisas sejam sacrificadas neste caminho.

E isso não é exclusividade minha... claro que não! Todos nós durante nossa breve existência neste plano somos praticamente “forçados” pela própria vida a decidirmos, escolhermos caminhos, pessoas ou situações que determinarão de maneira drástica a nossa trajetória. Todo santo dia somos levados a nos decidir desde as mais irrisórias até as mais significativas questões em nossas vidas.

E assim somos impulsionados a decidir, a escolher, a fim de darmos prosseguimento às nossas vidas com aquilo que consideramos ser o melhor, o necessário ou até mesmo o indispensável para a nossa sobrevivência.

Por isso, se você chegou a um ponto no qual tem dúvidas sobre o futuro de algo, ou sobre a importância de alguém ou alguma coisa na sua vida, sobre a possibilidade de ser mais feliz após tomada uma determinada decisão, ou se simplesmente a indecisão é responsável pela sua infelicidade, eu te recomendo: decida-se hoje mesmo!

Ou se você está num emprego que te dá mais dor de cabeça e problemas físicos que satisfação pessoal, se está levando esta situação unicamente por conta da satisfação financeira, se ao término do dia você se sente estressado, desmotivado e sem condições de desfrutar dos resultados que este trabalho pode te dar, talvez chegou a hora de tomar uma decisão.

Ou então, se você se acomodou num casamento morno ou problemático, numa relação insossa ou conturbada, num namoro (ou noivado) estagnado ou conflituosopor puro hábito ou medo da solidão, medo das opiniões alheias, dos julgamentos da sociedade, ou até mesmo por medo de causar maiores danos aos filhos e à família, recomendo que reflita e observe se a acomodação te trará mais felicidade e a todos que te cercam do que a tomada de uma decisão que resolva de maneira definitiva uma situação insustentável.

Sinceramente, eu tenho certeza que passados os momentos cruciais após uma mudança necessária, ainda que drástica você jamais se arrependerá por ter pelo menos tentado resolver uma situação, pode acreditar!

E após a tempestade que precede as grandes e difíceis decisões que tomamos em nossas vidas, você poderá até se sentir cansado da luta, mas certamente se sentirá infinitamente mais recompensado e aliviado por ter tido a coragem de mudar de vida!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

O Amor e o Poder!

Namoro um rapaz mais jovem que eu. Tenho 43 anos e ele 25. Me cuido muito, tenho um bom emprego, moro bem, tenho um apartamento legal e viajo para onde quero. Não casei e nem tenho filhos. Ele é estudante universitário, mas trabalha como recepcionista de um hotel para poder pagar as contas. Ainda mora com os pais e não pode me proporcionar todas as coisas boas com as quais estou acostumada como presentes caros, bons restaurantes, roupas boas e viagens. Estamos juntos a cerca de um ano e nos damos muito bem, não só na cama. Ele, apesar da pouca idade tem a cabeça no lugar, prima por uma vida mais simples, sem muito luxo e dentro das suas possibilidades financeiras. Eu sei que ele é um cara bacana e que não me explora, no entanto, toda essa linda estória tropeça em dois grandes obstáculos: primeiro é a cobrança da sociedade que não vê com bons olhos o relacionamento entre uma mulher madura e um rapaz mais jovem. O segundo obstáculo fica por conta dos sacrifícios que tenho feito, de tudo que tenho aberto mão para poder ficar com ele e fazê-lo sentir-se mais confortável. Já deixei de viajar e de frequentar alguns lugares porque sei que ele não teria como pagar. Acho que estou numa situação complicada, pois ao mesmo tempo em que aprecio a sua companhia, sinto falta dos pequenos luxos que o dinheiro pode proporcionar...! Qual a sua opinião sobre a minha situação ?

Prezada anônima, a sua pergunta já traz nas entrelinhas a resposta às suas indagações, por isso, nem precisarei me prolongar: Olha, a partir do momento em que você diz que “aprecia a companhia” do seu namorado, já dá pra perceber o grau de envolvimento que existe entre vocês, ou pelo menos por você em relação a ele. Eu penso que se as coisas materiais lhe fazem tanta falta a ponto de te causar insatisfação no relacionamento, mesmo você afirmando que está ao lado de um rapaz mais jovem, que tem a cabeça no lugar e pés-no-chão, que trabalha, que opta por programas mais baratos para não se sentir um explorador nem te explorar, que te respeita, que aparenta gostar de você, que tem um entendimento bacana com você não só na cama mas também fora dela, ou seja, um homem que reúne  qualidades almejadas por tantas outras mulheres, você ainda assim parece estar insatisfeita por não poder desfrutar das coisas materiais que tem condição de alcançar. Assim, dentro dessa perspectiva eu te dou dois caminhos: ou você se desliga desses preconceitos idiotas que vêm da sociedade, no que se refere à diferença de idade entre vocês, relaxa e curte plenamente o seu romance, ou libera o rapaz para que ele possa buscar outra pessoa que se satisfaça com aquilo que ele pode proporcionar dentro das possibilidades dele e joga limpo. Outra coisa: NINGUÉM tem nada a ver com o que você faz com o seu dinheiro! Se você quiser viajar com ele e pagar a viagem, qual é o problema? Se quiser levá-lo à um restaurante mais caro e tiver que pagar a conta, você se sentirá menos mulher por causa disso? Ele já não te deu demonstrações suficientes de que não se trata de uma pessoa interesseira, um golpista? Acho que seria bacana se ele contribuísse dentro dos seus limites, mesmo que no final das contas isso possa representar apenas uma pequena parte do total. No entanto, isto seria muito bom tanto para ele quanto para você. Por fim, não perca um detalhe de vista: no futuro, a sociedade não vai aplacar a tua solidão. A sociedade não vai te ligar perguntando como foi seu dia. Esqueça a sociedade e viva a sua própria vida, de acordo com aquilo que VOCÊ considera certo ou errado e, sobretudo, com aquilo te faz feliz! E finalmente, termino esse post te perguntando: será que o preconceito é mesmo da sociedade ou será que ele está bem dentro de você? Espero que reflita e decida da melhor maneira! Boa sorte!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Passou...!

Aconteceu sem que eu percebesse.

Um dia acordei diferente, esquisita. Sentindo que alguma coisa me faltava. Parecia que havia saído de uma enxaqueca, quando se pisa cuidadosamente o chão, temendo a sua volta...

Fui para a cozinha fazer o café. Pus pó na cafeteira. Assei um pãozinho com manteiga, fritei um ovo. Sentei sozinha e comi, pensando no trabalho, na balada, na boca que tenho beijado ultimamente e no bem que ela me faz...!

Fiquei pensando, pensando...quase viajando...!

Voltei à realidade e lavando as louças do café, me dei conta novamente daquele vazio estranho. Uma lacuna bem dentro de mim, que, no entanto mal algum me causava...

Que estranho!”, pensei...

Também pensei naquela boca de novo...tão bom...!

Fui me arrumar para trabalhar, com o coração leve e a cabeça tranquila, mas com o vazio insistente dentro de mim...

Como podia estar tão bem, me sentindo vazia de algo?

A caminho do trabalho dentro do carro, o trânsito congestionado massacrava a paciência, mas era só pensar  na boca e naqueles beijos que tudo de mau passava junto...que delícia!

E o vazio...? O que era aquele vazio?

O dia foi passando, trabalhando, conversando, comendo, correndo, brigando...A noite voltei para casa sozinha, tomei um banho, jantei e deitei para descansar...

Pensei novamente naquela boca, nos beijos e tranquilamente adormeci...

E despertando de um sono profundo, numa leve letargia, misturando sonho e realidade, no meio de um longo suspiro me dei conta finalmente da beleza que foi aquele dia, quando, abrindo os olhos e pensando na boca, sorrindo falei:

Passou!”



quinta-feira, 8 de maio de 2014

Essa coisa de "gostar"...


Curiosa essa coisa de “gostar”, principalmente quando se conta com o acaso.


Definitivamente não se deve correr atrás. Não funciona, não adianta, pois o “gostar” legítimo, aquele que acontece quando a gente verdadeiramente se entrega, não escolhe hora, nem data, nem idade, nem cor, nem tão pouco conta bancária.



É por isso que o gostar quando se torna recíproco representa a mais feliz das coincidências...!

Porque o gostar verdadeiro, antes de qualquer coisa, deve ser encarado como um presente de Deus. Não ocorre toda hora e nem acontece muito fácil, não.

Essa dita coincidência incrível, que acontece quando duas pessoas se olham e se encontram numa mesma sintonia, quando nada mais importa nem existe, quando aquele olhar até então desconhecido representa a cura instantânea para tantos medos, dúvidas, dificuldades e desilusões.

Penso que quando se recebe um presente raro como esse, nessas proporções, é burrice rejeitá-lo por conta de opiniões, paradigmas e convenções. Pode ser que isso não aconteça nunca mais na nossa existência. Tem gente que passa a vida inteira sem saber o que é isso até...

Delicioso que é, deve ser aproveitado, saboreado, degustado e vivido intensamente, da melhor maneira possível, pois é questão de pura sorte! É bilhete premiado de loteria!

Essa coisa de gostar, mágica que é, rara que é, merece cuidado, atenção, gentileza, dedicação, delicadeza e vontade.

Frágil, perece. Quebra.

Assim, humildemente vou vivendo, aceitando, cuidando e entregando-me ao meu gostar...!

domingo, 4 de maio de 2014

Antigamente era mais gostoso...!


Você acredita que pode encontrar o amor da sua vida através de uma rede social? Eu não. Explico o porquê. Não vou dizer que nunca tentei, inclusive já até namorei por muitos anos um rapaz que conheci através dos meios virtuais. 
Mas isso eram outros tempos: final da década de 90, quando o MIrc (lembram dele?) ainda era a grande novidade das salas de bate-papo para os jovens (como eu) daquela época!
Naquele tempo a conexão era discada e preferíamos permanecer a madrugada toda acordados porque a ligação telefônica era bem mais barata. Há 15 anos não existiam salas de bate-papo munidas de câmeras e todo esse aparato tecnológico digital que existe no mundo de hoje. Para conseguir enviar uma foto, esperávamos tanto que até desistíamos! Os arquivos eram muito pesados para a rudimentariedade dos recursos da época!
Em compensação ainda éramos muito inexperientes nesta seara e isto nos dava a possibilidade de nos encantarmos com as novidades daquele momento! Por isso as salas de bate-papo eram canais viáveis de encontros virtuais entre pessoas que vivenciavam ao mesmo tempo todas as descobertas daquele mundo até então inexplorado, cuja dimensão nenhum de nós sequer poderia imaginar!
O que vejo infelizmente é que hoje tudo isso se acabou, juntamente com a pureza daquele momento.
Nos dias de hoje a crise dos valores pôs um ponto final até mesmo nas infinitas possibilidades de se iniciar um namorico através dos meios eletrônicos. 
O que se encontra no ambiente virtual são “fakes”, perfis falsos, filtros nas fotos, a criação de um mundo irreal nas redes sociais, onde todos são lindos, felizes, fiéis, tementes à Deus e gratos pelos bens materiais e imateriais alcançados. Não se pode confiar em quem se fala: o mundo virtual está cheio de pessoas se fazendo passar por outras, pedófilos, stalkers, bisbilhoteiros de plantão. 
É preciso ter cuidado com todas essas figuras, que pelo simples fato de existirem, nos roubaram pouco a pouco toda a pureza e inocência de tempos passados que nunca voltarão. Tempos em que podíamos literalmente “viajar” na imaginação e aproveitar saborosamente todas as delícias oferecidas pelo universo virtual. Que pena!

domingo, 27 de abril de 2014

Ser madrasta

Ser madrasta não é fácil, não. É tarefa das mais difíceis sê-la. Você já foi madrasta? Não? Então não julgue, nem prejulgue, principalmente se você é mãe, porque só quem é ou foi madrasta, pode falar de outra madrasta.
Mães falam de mães, mas jamais poderão falar das madrastas, nem tão pouco do sentimento que existe no coração de uma madrasta.
Porque se engana profundamente quem pensa que uma madrasta não pode ou não consegue amar seus enteados. 
A morte do menino Bernardo, assassinado pela madrasta e ignorado em vida pelo pai, desperta nas pessoas sentimentos terríveis, aumentando ainda mais a rejeição que muitas têm, por essa figura.
Mas não podemos tomar como regra a crueldade e a doença desta mulher, que foi capaz de cometer um ato tão cruel e bárbaro, contra um pobre menino carente de amor e afeto de um pai ausente e de uma mãe já falecida.
O que ela fez destoa por completo das atitudes de um ser humano normal. Quem dirá de uma madrasta normal.
Entendo que quando uma mulher se envolve com um homem que tem filhos, ela pode optar entre dois caminhos: ou escolhe o caminho da omissão, retirando-se da vida dos seus enteados, vivendo um relacionamento em família pela metade, na medida em que não assume um papel de extrema importância e grande responsabilidade, ou pode optar pelo caminho mais fácil, ou seja, o do amor, recebendo, predispondo-se, agregando, acolhendo, reunindo, tentando compreender, contribuído e aprendendo a cada dia mais com seus enteados, aproveitando essa oportunidade única de transformar-se numa mulher de verdade.
É como fazer artesanato: requer paciência, maturidade, cuidado, calma, resignação...é missão que aprimora o nosso espírito, nosso caráter, edifica a nossa personalidade, resultando em algo muito gostoso.
É certo que para algumas madrastas, omitir-se da vida dos enteados é uma estratégia de auto-preservação, pois entendem que não apegar-se aos mesmos é um meio de se evitar um grande sofrimento na hipótese de uma eventual separação do casal. Isso é fato.
Mas por outro lado, deixar de entregar-se deve ser uma atitude que causa um sentimento de incompletude tremendo, misturado a uma pontinha de frustração lá no fundo da alma, por mais que finja não se importar. 
Ainda que no relacionamento aconteçam reveses, eu ainda acho que é preferível se doar á tarefa que se omitir. De alguma forma sempre, sempre vai compensar viver essa experiência.
Cultivar o amor dos enteados é tarefa diária, difícil, é ato de desprendimento, de amor, é não ter a pretensão de substituir o lugar da mãe e muito menos desejar que isto aconteça, mas no momento necessário, saber agir como uma. É saber respeitar os pais dos seus enteados e buscar relacionar-se com os mesmos da melhor maneira, caso seja possível e a todo tempo demonstrar ser digna de sua confiança, colaborando, ainda que de forma coadjuvante para o crescimento das crianças.
Eu já fui madrasta, amei e me dediquei o quanto pude e quando acabou fiquei devastada, mas as lembranças daquele tempo são só minhas e ninguém pode tirar. As lembranças só fazem bem.
Por isso aconselho: ame sempre, dedique-se sempre e faca o melhor que puder. A vida sempre vai te dar em dobro todo o amor que você deu de graça. 
Aproveite e valorize cada minuto vivido com seus enteados!