Sorte de quem tem uma família.
Mas família mesmo! Estruturada, unida, com boas bases e bons exemplos, coisas
muito difíceis de se encontrar hoje em dia, quando a televisão e a internet
inevitavelmente acabaram por provocar abalos nas estruturas mais profundas deste
grupo social. E quem trabalha com ensino sabe bem do que estou falando: a cada
dia que se passa, parece que a família fica mais e mais enfraquecida, sem
paciência para cuidar do “ninho” e de
suas “crias”, motivo pelo qual,
encontramos nas escolas e faculdades, seres simplesmente monstruosos que ainda
se passam por crianças, adolescentes e adultos normais, aos olhos de famílias
igualmente monstruosas e desestabilizadas pelos males do mundo moderno. É um
grande desperdício de energia humana, além de potencial criatório de aberrações.
Não é a toa que hoje se encontra por aí tantos exemplos de toda sorte de maluquice
e coisas incompreensíveis acontecendo, refletidos numa completa inversão de
valores, tão absurda que a gente já se confunde entre o que é certo e o que é errado,
chegando ás vezes a nos sentirmos “ultrapassados”,
por cultivarmos modos e valores que talvez hoje em dia, num mundo em que todo
mundo queira “se dar bem” a qualquer
custo, nem tenham tanta importância assim...que pena...!
Por isso eu repito: sorte de quem
tem uma família equilibrada (mas ela existe?) rsrsrsrsrs!
Mas o que se faz quando essa
estrutura começa a invadir a vida de um casal? Quero dizer: O que se faz quando
a família de uma das partes ou de ambos, simplesmente não “se toca” e invade os limites da intimidade de um casal? Pior ainda:
o que se faz quando ambos ou um dos dois não consegue “cortar o cordão umbilical” que o une à família, chegando ao ponto
de ameaçar a paz do casal dentro ou fora da sua própria casa (isso quando
conseguem sair de casa...)?
Eu não estou querendo dizer aqui
que a união de duas pessoas implica necessariamente no afastamento das suas
famílias, Deus me livre, longe disso! Até porque, nas relações familiares é normal que haja uma cooperação
entre os mesmos, sendo que é perfeitamente plausível que um sempre possa contar
com o outro, sendo maravilhoso que o marido ou a esposa, assim como namorados
também sejam bem-vindos e muito bem tratados pelas famílias dos seus
respectivos pares, sentindo-se confortáveis e acolhidos pelos entes do seu companheiro
ou companheira. Isso é o céu na terra, e só quem tem ou teve, sabe o valor de
se ter boas relações com a família “do outro”!
O problema é que existem famílias
que levam essas “boas relações” longe demais, beirando o nível do
insuportável. Para aqueles que vivem dramas familiares cotidianos, o que falo
não é nem um pouco estranho ou engraçado: ter a sua privacidade e seus espaços invadidos,
ter a sua opinião desconsiderada, ser alvo de críticas dentro da sua própria
casa, ter a impressão de se sentir um eterno intruso nas reuniões familiares, ter
que desenvolver um “jogo de cintura” além do normal para driblar além dos
problemas cotidianos, a intromissão exagerada de sogros, cunhados, tios,
primos, parentes e aderentes na sua vida, na sua casa e até na criação dos seus
filhos!!!!
Nossa; e quantos exemplos vemos
por aí! Quanta gente se separa por conta de rixas familiares, que tornaram
impossível a convivência do casal!
Conheci um casal que tão logo se
conheceram, o marido disparou: “Olha, eu
aguento qualquer coisa, mas NUNCA fale mal dos meus pais!” Não sei, mas
acho que a recomendação era dispensável, principalmente em se tratando de um
começo de relacionamento, quando você está analisando, verificando, testando
mesmo, as afinidades daquela pessoa, inclusive com amigos e familiares. Acho
que nesse caso, quem deu atestado de loucura foi ele...!
Num outro casal conhecido a
situação era diferente: ele simplesmente pedia a opinião aos pais a respeito de
todas as decisões a serem tomadas pelo casal! TODAS!!! De uma simples compra de
uma roupa à compra de um carro ou imóvel!!! A gota d’água aconteceu no dia da compra das
alianças (rsrsrsrsrsr), quando a noiva sugeriu que eles fossem SOZINHOS fazer
essa importante escolha. Tudo seguido de muito stress e zanga...! E eles ainda
comparam as alianças e casaram...PASMEM!!!
Conheço ainda a história da
esposa que grávida, resolveu deixar o marido sozinho durante toda a gravidez,
na cidade onde ele trabalhava, para morar com os pais na sua cidade natal, que “achavam que durante a gravidez ela estaria
melhor com eles”. Pois ela foi e logo, logo o marido arrumou uma namoradinha
onde estava sozinho (claro!), e nunca mais voltou. Aliás, voltou só para
registrar a criança, como faz um bom pai!
Poxa...é claro que precisamos
ouvir os conselhos dos nossos pais! Ninguém nessa vida quer o nosso bem mais
que eles, mas a partir do momento que nos unimos com outra pessoa, não é justo
fazer dela, uma simples coadjuvante na nossa vida! A esposa, o marido, a
namorada, o namorado, companheiro ou companheira, que está ao seu lado, tem o direito
de se sentir importante, como de fato é, de ter o seu espaço, de ser respeitado
e valorizado através da confiança que lhe é depositada, devendo haver um bom
senso de todos para que exista o espírito de união entre a sua família e aquela pessoa
que agora, é a figura principal da sua vida!
Ah, outra coisa que não pode ser
desconsiderada: ninguém merece pagar pela família que tem. Isso é fato! Mas
preste muita atenção na família do seu companheiro ou companheira. Observe os
valores, problemas, como lidam com o dinheiro, a criação dos filhos e a forma
como eles os tratam, bem como os seus companheiros. Tente entender a estrutura
daquele grupo e desde cedo comece a se impor perante os mesmos. Não estou
sugerindo comportamentos arrogantes, nem confusões, mas que apenas, caso você
esteja planejando algo mais sério e duradouro, as coisas sejam claras desde
o início, para que você não pareça uma pessoa maquiavélica, ardilosa ou
traiçoeira, por isso lembre-se: você vai entrar na casa deles, mas, sobretudo,
eles também entrarão na sua casa!
Assim, depois
de alguns “causos” da vida real, termino esse post recomendando: Você casou, juntou, enfim, o que seja. A partir
de agora você está construindo uma nova história. A sua vida mudou e SIM, é
necessário e maduro saber fazer essa transição da maneira mais tranquila
possível, demonstrando à sua família e à do companheiro ou companheira a importância
que aquela pessoa tem na sua vida. Respeite-a, considere-a, pois é a partir dos
seus exemplos e das suas atitudes que os demais irão tratá-la da mesma forma. Aprenda
que ela não se trata de mero enfeite ou troféu e que de agora em diante, o peso
da sua vida poderá ser dividido, assim como as alegrias, deverão ser também
compartilhadas!
Procure ser uma pessoa sociável
com as pessoas da família do seu companheiro(a). Trate-os bem, sem falsidades
ou dissimulações. Seja genuíno, não querendo parecer algo que não é, só para agradá-los. Lembre-se que esse
personagem não resistirá por muito tempo, principalmente em meio às
turbulências da vida cotidiana.
Aos poucos, vá baixando a guarda.
Perceba que dentro de uma família, ninguém tolera gente excessivamente
desconfiada ou ressabiada. Faça a sua parte para poder cobrar dos outros um
comportamento semelhante. Plante boas sementes, cuide de quem cuida de você e
seja feliz!
5 comentários:
Eh amg isso é mesmo um fato e um problema pq, as vezes, uma familia se desfaz por causa dessas incompatilidades. Mas sabe q se formos analisar bem, em mts casos nem ha um motivo real e serio...apenas intolerância e falta de humildade de ambas ou só de uma das partes. Se nós, seres humanos, descomplicassemos mais a vida e agissemos menos na defensiva muitas brigas poderiam ser evitadas. E todos estariam mais felizes e satisfeitos. Adoro vc lady...pq és uma mulher de mt valor. Bj.
Concordo com o comentário acima, na maior parte é a intolerancia que arrasa com tudo e as complicações q nós mesmos colocamos em nossas vidas.
Em geral houve alguns avanços no tocante as diferenças do sexo, mas não creio que foi preponderante a revolução...
As muheres legitimamente tem muito a conquistar, embora essas conquistas estejam trazendo perdas também...A entidade familiar está perdendo seus valores, por conta das mulhres não serem como antigamente e ficarem menos com os filhos em função do trabalho, os casamentos duram pouco pelo mesmo motivo e pelo pé de igualdade que se criou, as mulheres cada vez mais estão engravidando mais tarde, isso acarreta gestações com mais riscos, infertilidade as vezes e maior o índice de doenças genéticas... Mas não julgo isso (apenas comento)...
Para a família, para as relações homem mulher e para a educação dos fillhos, acho que só houve perdas, agora se formos pensar na individualidade das mulheres aí sim houve ganhos....
No entanto Fa, as vezes tenho a impressão que não sabemos lidar com toda essa explosão de liberdade, não quero dizer que ainda deveríamos estar sob a batuta dos homens, mas sim que fomos burras e não sabíamos o que estávamos fazendo.
Nos sobrecarregamos, a maioria adotou a promiscuidade como exemplo de liberalidade e caímos no ridículo de nos comportarmos como os homens.... Me desculpe mas as vezes sinto que viramos um bando de PIRANHAS...
Prezada anônima,
eu creio que rotular as mulheres de "piranhas" é algo forte demais. Realmente existem algumas que são realmente bastante equivocadas e acabam se expondo em demasia e de certa forma, denegrindo a imagem da mulher na sociedade. Eu concordo com você quando coloca que muitas se perderam quando se viram livres, emancipadas e independentes, chegando inclusive a adotar um comportamento masculinizado e por vezes assustador. Mas de repente podemos fazer a seguinte reflexão: se compararmos o período em que permanecemos tolhidas e oprimidas, com o período que vem desde a revolução sexual, podemos dizer estamos apenas engatinhando, né? Quer dizer, somos como adolescentes que vivem emocionados com o doce sabor da liberdade...queremos fazer tudo, experimentar sensações, vivenciar situações e de certa forma, ainda que inconscientemente, fazer com que o homem, que permaneceu como carrasco nosso durante anos, experimente estar no nosso lugar, sentindo o que sentimos, na carne...! Que viagem...rsrsrsrs Mas realmente, tem cada uma...rsrsrsrsr
concordo com a Fa, estamos só começando e piranhagem sempre existiu desde que o mundo é mundo rsrsrsr
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